Motoboys: entre uma corrida e outra, uma parada para a leitura

                                                  Imagens: Mayara Penina
Rafael recebeu a doação de uma biblioteca que estava trocando de acervo.

Vida de motoboy todo mundo sabe que é uma correria. Mas sempre sobra um tempinho enquanto a próxima entrega não sai. Para poder aproveitar melhor este tempo livre, os empresários Cátia Ricomini e Rafael Bernardes instalaram uma biblioteca em sua empresa de motoboys, a Translig, situada aqui em Pinheiros.

Cátia começou a notar que os motoqueiros tinham um tempo ocioso entre uma entrega e outra. Por isso, resolveu levar livros de sua casa para deixar à disposição dos funcionários e incentivá-los ao hábito da leitura. E foi um sucesso!

Os motoboys aderiram à proposta, os pedidos por novos exemplares foi aumentando e hoje a Translig dispõe de um acervo de mais de 800 livros.

“A ação possibilita que tenhamos motoboys mais esclarecidos, com maior habilidade de interpretação de texto. Também melhora da imagem do profissional que trabalha com motofrete”, afirma Rafael.

Empresa socialmente justa

Resultados significativos já ocorrem na formação dos motoqueiros e fez com que o projeto recebesse o Prêmio “Viva Leitura 2010”, concedido pelo Ministério da Cultura, além de ter sido tema de duas teses de doutorado e agora de um TCC.

“Fazer entregas qualquer um pode fazer, entender o que está fazendo é o nosso diferencial”, conta Rafael.

Algumas das mudanças que se pôde notar nos profissionais é que agora eles conseguem interpretar documentações diversas e se comunicam melhor com os clientes

Resultados significativos já ocorrem na formação dos motoqueiros e fez com que o projeto recebesse o Prêmio “Viva Leitura 2010”, concedido pelo Ministério da Cultura, além de ter sido tema de duas teses de doutorado e agora de um TCC.

“Fazer entregas qualquer um pode fazer, entender o que está fazendo é o nosso diferencial”, conta Rafael.

Algumas das mudanças que se pôde notar nos profissionais é que agora eles conseguem interpretar documentações diversas e se comunicam melhor com os clientes

Livros libertados

A preocupação com a educação não ficou só dentro da empresa. Hoje a Translig e seus funcionários são adeptos do bookcrossing, iniciativa que estimula a troca de livros.

Como percorrem toda São Paulo, a cada saída um motoboy deixa um livro em diversos pontos da cidade (cartórios, fóruns, recepções de prédios etc). O objetivo é que a cidade vire uma biblioteca a céu aberto e que todos se beneficiem com o hábito da leitura.

Fonte: Vila Mundo

A livraria que inspirou o filme Um Lugar Chamado Notting Hill fechará

Livraria inspirou o neozelandês Richard Curtis, roteirista da comédia romântica


Roteirista teve ideia para comédia romântica com Julia Roberts e Hugh Grant ao visitar o local

A livraria que inspirou o popular filme Um Lugar Chamado Notting Hill fechará após 32 anos, apesar de ter se transformado em uma grande atração turística da capital britânica.

The Travel Bookshop se transformou em um lugar de peregrinação para fãs do filme, que arrecadou mais de 253 milhões de euros em bilheteria e vendas de DVDs no mundo todo. A comédia romântica conta a inesperada história de amor entre uma famosa atriz, interpretada por Julia Roberts, e o livreiro londrino William Thacker, vivido por Hugh Grant.

Embora o filme não tenha utilizado o local, que deve fechar as portas em duas semanas, The Travel Bookshop serviu de inspiração para seu roteirista. Ao contrário das dezenas de livrarias locais, que foram obrigadas a fechar após o sucesso das vendas online e da concorrência das grandes cadeias, o estabelecimento decidiu fechar as portas porque o filho do proprietário, que há 25 anos reside na França, não quis dar continuidade ao negócio.

Fonte: Estadão

'Garotas que leem nuas' viram atração em Nova York

A ideia do "Naked girls reading" nasceu em Chicago, nos EUA, em 2009.

A cada encontro, clássicos da literatura são lidos em voz alta.

Desfrutar os textos de Shakespeare, Oscar Wilde ou Henrik Ibsen lidos por belas mulheres nuas, ouvindo tudo com um copo na mão, num ambiente descontraído: esta é a proposta de "Naked girls reading" (Garotas que leem nuas), uma experiência incomum que está sacudindo Nova York, uma vez por mês.

Trinta pessoas - a maioria jovens casais e grupos de homens - aguardam num pequeno salão, com velhas cadeiras clássicas e lâmpadas de luz vermelha no primeiro andar de um bar de Greenwich Village, no centro de Manhattan.

Logo, quatro meninas de roupão e saltos altos sobem num pequeno estrado decorado com um grande divã, ao lado de um microfone. As pessoas aplaudem, entre elas um homem de meia-idade que, até o momento, lia tranquilamente o jornal, ao lado da companheira.

"Bem-vindos! Gostaria de começar apresentando-lhes nossas meninas nuas que lerão nesta noite", anuncia Nasty Canasta, uma jovem de cabeleira loura e silhueta fina, artista do gênero neoburlesco, que lidera a trupe.

Em seguida, Gal Friday, Sapphire Jones, Tansy e ela própria tiram os roupões e, como Deus as trouxe ao mundo, começam a ler passagens selecionadas sobre autores famosos e nem tanto, neste espetáculo de "literatura completamente frontal".

"The importance of being earnest", do escritor britânico Oscar Wilde, ou "Casa de bonecas", do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen, são alguns livros escolhidos para esta vesperal dedicada ao teatro, durante a qual as quatro moças exibem um verdadeiro talento oratório.

A plateia ri dos diálogos picantes ou muito inteligentes, mas também acompanha em silêncio atento os momentos de emoção, por exemplo, quando Sapphire Jones dedica um texto de Shakespeare à avó, falecida há duas semanas.

"Gosto de narrar histórias e esta é a minha maneira. Sinto-me confortável nua", conta à AFP Nasty Canasta ao final das leituras, que duram quase duas horas, com um intervalo.

A seu lado, Gal Friday concorda e lembra que ficou "nervosa" a primeira vez que leu nua em público, mas que agora já nem se dá conta disso.

"Quando alguém vem aqui pela primeira vez diz: 'Oh, há uma garota nua!' Mas depois, quando começamos a ler, os olhares sobem", comenta Friday com uma risada. Ela, como as outras, têm experiência em teatro.

A ideia de "Naked girls reading" nasceu em Chicago (norte dos Estados Unidos), em março de 2009, das mãos de Michelle L'Amour, uma conhecida artista americana do gênero neoburlesco.

"Meu marido me encontrou uma vez sentada na cadeira, lendo nua. Digamos que se viu inspirado pela imagem. Começamos a rir e a conversar sobre a criação do evento Naked girls reading. E compramos o site na internet", conta L'Amour à AFP.

Michelle entrou logo em contato com Nasty para produzir o espetáculo em Nova York, que teve sua primeira leitura em outubro de 2009. Prepara, agora, um grande evento para celebrar o segundo aniversário.

Mundo afora
Atualmente, o espetáculo é produzido em várias cidades americanas e em algumas europeias, como Londres e Copenhague. "As leituras estão aí para fazer com que as pessoas se excitem com a literatura. Você pode ouvir bela literatura enquanto observa mulheres formosas. É uma combinação perfeita", explica L'Amour.

A escolha das meninas leitoras exige certas características, segundo Nasty Canasta. "Em maioria, é gente que conheço e está disposta."

Para os espectadores, que se despedem das garotas com um grande aplauso, o resultado é convincente. "Foi maravilhoso. Quando começaram a ler esqueci que estavam nuas", comenta Ellen Snare, uma advogada de 32 anos que assistiu pela primeira vez ao espetáculo.

"A escolha das passagens foi perfeita", conclui, assegurando que vai recomendar os amigos.

Fonte: G1

Biblioteca Britânica digitaliza clássicos disponíveis para leitura em iPads

A Biblioteca Britânica está fazendo cópias digitais de mais de 40.000 livros clássicos, obras dos séculos 18 e 19 que incluem romances, poesias e relatos históricos, disponíveis para o dispositivo iPad.

Os textos aparecem totalmente digitalizados, com marcações de página e desenhos originais, ao contrário da formatação simples associada a outros tipos de e-books.

“E-books tendem a ser bastante bidimensionais. Planos e maçantes de se olhar”, diz Simon Bell, diretor de parcerias da Biblioteca Britânica. “Uma das vantagens deste novo modelo é que tenta representar fielmente a beleza do livro”, explica.

Os usuários devem pagar uma assinatura mensal de 1,99 libras esterlinas (aproximadamente 5,10 reais) para acessar a coleção completa.

Fonte:

A coleção foi originalmente digitalizada em um projeto financiado pela Microsoft. Bell afirma que a empresa tinha decidido terminar seu envolvimento na digitalização de textos, mas continuou a financiar o projeto até sua conclusão.

A Biblioteca espera disponibilizar mais de 25.000 livros já digitalizados por meio do aplicativo no futuro.

Apesar de sua parceria com a Microsoft ter agora concluído, a Biblioteca recentemente assinou um acordo com a empresa Google para digitalizar 250.000 obras de domínio público, que também deverão estar disponível em formato eletrônico no futuro.

O iPad da Apple foi escolhido para lançar o serviço porque sua interface tátil é capaz de recriar a experiência de folhear os livros reais.

No entanto, a Biblioteca Britânica espera adicionar outros dispositivos móveis no futuro, e afirma estar conversando com uma série de parceiros, incluindo a empresa Amazon.

Como os textos totalmente digitalizados consomem muito mais espaço de armazenamento do que os tradicionais e-books, as obras não serão baixadas no iPhone. Ao invés disso, serão armazenados on-line no formato “nuvem”.

A curadoria de todos os livros é cuidada pela Bibliolabs, uma empresa de software especializada em ajudar organizações a rentabilizar textos raros e interessantes.[BBC]

Fonte:  Hypescience

O futuro (e o fim?) do livro


Ele tomou um banho de tecnologia e ganhou superpoderes. Ficou ágil, coletivo e revolucionário. Sua velha versão ainda resiste - mas por quanto tempo?

Todo mês, cerca de 20 pessoas comparecem a um encontro marcado em um prédio na região de Pinheiros, em São Paulo. É um grupo heterogêneo. Ali tem advogado, empresário, executivo, consultor. Eles se reúnem porque possuem algo em comum - sabem que o futuro de todos ali está ameaçado.

Pra que você entenda o que está acontecendo, vamos às explicações. O prédio de Pinheiros é a sede da Câmara Brasileira do Livro. O pessoal que se reúne lá é formado, na maioria, por representantes de editoras e distribuidoras de livros. E o que os preocupa é um concorrente que vem desafiando o reinado do livro impresso, mantido há 6 séculos, desde a Bíblia de Gutenberg: o livro digital. "A tecnologia está avançando rapidamente. E nós, produtores de livros, ainda estamos presos ao papel", diz Henrique Farinha, coordenador do grupo e diretor da Editora Gente.

O comandante desse ataque à literatura de papel tem um nome: Kindle. É o leitor eletrônico de livros lançado pela loja virtual americana Amazon, uma tela digital capaz de reproduzir as páginas de qualquer livro, ainda que com algumas limitações. Tem enormes vantagens na disputa com o papel. Digamos que você está lendo esta SUPER enquanto descansa numa paradisíaca praia do Nordeste. Você se interessou pela entrevista com Dan Ariely, na página 34, e resolveu comprar o livro Previsivelmente Irracional, de autoria dele. Basta tirar o Kindle da mochila, navegar com ele pelo site da Amazon e fazer a compra na hora. Em coisa de um minuto, você terá o livro inteiro disponível no aparelho. Não é feitiçaria, é tecnologia - uma função wireless parecida com a de alguns celulares. O pagamento seria feito com o cartão de crédito. O preço: US$ 9,99, uns R$ 19 reais. Bem mais barato que o livro impresso, que custaria o equivalente a R$ 31 na mesma loja. Sem contar que daria para ler ali, com o pé pra cima, qualquer outro livro que você já tivesse comprado pelo Kindle. O bichinho armazena mais de 1 500 obras. É o mesmo que carregar por aí uma biblioteca formada durante toda a vida.

A praticidade é a sacada revolucionária que fez do Kindle um hit entre os americanos, por enquanto os únicos a aproveitar suas funcionalidades (a rede wireless usada para venda dos livros ainda não funciona em outros países). Segundo a Amazon, um livro que tenha uma versão digital para o Kindle vende 35% mais cópias. De cada 4 exemplares vendidos de uma obra, um já é digital. Tem até gente pedindo autógrafo pra escritor no e-reader. (Aconteceu de verdade em Nova York, com o humorista David Sedaris, no lançamento de seu livro Engolido pelas Labaredas, no ano passado.) E olha que o Kindle ainda vive a sua infância. A tela já mostra texto e imagens, mas em branco e preto. Cores? Só daqui a alguns anos, segundo Jeff Bezos, o presidente da Amazon.

Conclusão 1 para os nossos amigos lá na Câmara Brasileira do Livro: o livro digital já pegou. Conclusão 2: se ficar ainda melhor, vai nocautear o livro impresso.

Para piorar, uma legião de soldados vem na retaguarda do Kindle, tão ansiosa para vencer a batalha quanto seu líder. Os outros e-readers no mercado estão se sofisticando. Caso do Reader Digital Book, da Sony. Lançado em 2006, ele acabou de ganhar uma turbinada. Em março, a Sony disponibilizou para os donos de seu e-reader mais de 1 milhão de livros clássicos - de graça. Como? Uma parceria com o Google, que vem digitalizando obras por meio de acordos com editoras. Aliás, são textos que estão disponíveis para a leitura também na internet. Basta entrar no Google Books - há outros 6 milhões de livros lá.

Sem contar que dá para ler um livro até pelo celular. Por enquanto, a coisa funciona graças ao Kindle - você baixa um aplicativo da Amazon pelo iPhone e manda ver na leitura. Mas já tem gente apostando que a Apple vem aí com uma ideia jobsiana para transformar o iPhone em um e-reader sofisticado. No Brasil, nada disso vale ainda. O primeiro a chegar deve ser criação tupiniquim mesmo: o Braview, previsto para outubro (veja mais no quadro acima).

E eu com isso?

Beleza, o livro digital é mais prático e barato do que o impresso. E daí? Daí que a transição vai mexer diretamente com a sua vida. Veja este caso: na cidade inglesa de Hackney, a escola City Academy vai adotar e-books em formato PDF para ensinar seus alunos, uma criançada de 11 a 16 anos. Nada mais de livros convencionais. Para viabilizar a digitalização, a escola está trabalhando com editoras de livros que compõem o currículo escolar. Chega de ver criancinhas com mochilas de 3, 4, 5 quilos nas costas. No caso do Kindle, tudo caberia em menos de 300 gramas. O mesmo que você teria de carregar se saísse de férias e levasse 5 livros pra ler na viagem.

A dor na coluna vai diminuir. Mas a dor no bolso pode aumentar. É verdade, os e-books custam menos do que o livro impresso. O problema é que um modelo como o Kindle permite que você tenha um livro no momento em que quiser - nem sobra tempo para pensar duas vezes. É a oportunidade perfeita para as compras por impulso. E quem é mão de vaca não vai ter moleza pra pegar livro dos outros. Hoje, não dá para emprestar as obras digitais para os parentes ou amigos. A exceção é o Cool-er, da fabricante britânica Interead, que deixa você repassar um arquivo para até 4 pessoas.

O livro digital também pode transformar a leitura em um ato coletivo. Não, não é que você vai reunir a galera pra contar historinha. É só a influência da web 2.0. Sabe aquelas anotações que a gente faz no canto da página? Com o livro em bibliotecas como a do Google, vai dar para ler seu conteúdo e deixar anotações para o próximo leitor. Teríamos acesso aos pensamentos e referências que outra pessoa, que nem conhecemos, deixou ali.

Bacana, não é? Mas as mudanças podem não ser tão positivas para o pessoal da indústria do livro, como aquele grupo do começo da reportagem. Pense aqui com a gente: se não vamos precisar de papel, tinta e distribuição pra fazer e vender livros...pra que servirão as editoras e distribuidoras? Aí é que o bicho pega. Autores best sellers não precisam de tanta orientação ou promoção pra vender livros. Poderiam cortar os intermediários e negociar direto com as lojas. Isso aumentaria a participação nos lucros. O movimento já começou: a Interead, aquela do Cool-er, ofereceu 50% do dinheiro das vendas para os escritores que coloquem seus livros à venda no site do e-reader, o Coolerbooks.com. Uma editora tradicional costuma pagar até 10%. Mas e os autores menos famosos? Eles ainda precisam das editoras. E a morte delas pode ser a morte de grande parte da boa literatura. Ou não: talvez qualquer um possa escrever um livro e colocar na internet. São questões ainda sem resposta.

De qualquer jeito, o modelo tradicional não vai desaparecer da noite para o dia - as vendas de livros eletrônicos não passam de 2% do mercado livreiro, e isso nos países em que o e-reader já é realidade. Mesmo assim, editoras e lojas estão se mexendo, seja digitalizando o catálogo, seja criando negócios no mundo virtual. Elas têm, no entanto, uma dor de cabeça maior pela frente. No empenho para consolidar seu leitor eletrônico, a Amazon cravou um preço para a venda da maioria de seus livros: US$ 9,99 - enquanto um título em capa dura custa em média entre US$ 25 e US$ 35. Só que a própria Amazon paga entre US$ 12 e US$ 13 pra comprar obras das editoras. Ou seja, tem prejuízo. É uma aposta para o futuro: o preço baixo ajuda a atrair clientes a rodo. Isso pode pressionar as editoras a baixar os preços para competir, sacrificando os lucros. E talvez as levando à falência. Só a Amazon se daria bem, porque teria a clientela formada e conseguiria colocar o negócio no azul.

Até as bibliotecas terão de aprender a viver nessa nova ordem. No exterior, os bibliotecários estão se especializando em pesquisas online. Querem ser profissionais preparados para ajudar estudantes e interessados a filtrar informações encontradas em sites. "Tem muito lixo na internet. As pessoas assumem como verdade qualquer informação achada na Wikipedia", diz Nêmora Rodrigues, presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia. "O bibliotecário precisará indicar o caminho para as fontes mais relevantes e fidedignas."

Pois é, o livro eletrônico chegou botando banca. Mas o fato é que ele ainda não chegou de verdade. Há muito a ser aprimorado até que os aparelhos e bibliotecas online caiam nos braços do povo. "O livro impresso terá seu espaço até aparecer um leitor eletrônico que seja acessível, agradável de usar e tenha um formato atraente. A questão é quando vai surgir", diz Henrique Farinha. De qualquer forma, o ringue está pronto. E o livro impresso, com suas capas coloridas, o cheiro de tinta e uma experiência de tato ainda inigualável, terá de barrar o ímpeto de seu oponente - mais jovem e cheio de novidades. Antes que o novato vire um produto a que nem o leitor mais conservador consiga resistir.

por Alexandre Carvalho dos Santos

Fonte: Super

Promoção HQs todos os dias!

Hoje é o último dia, participe!

Responda a pergunta de hoje (para saber, basta ler o QRcode acima) e preencha o formulário: link

Você pode ser um dos sorteados! São 3 sorteios de Histórias em Quadrinhos/HQs por dia.

Além dos sorteios de Histórias em Quadrinhos/HQs você pode concorrer a mais de 100 bônus de R$ 20,00 enviado seu nome e curso para e-mail: promocao@ligahq.com.br

Promoção HQs todos os dias!




Responda a pergunta de hoje (para saber, basta ler o QRcode acima) e preencha o formulário: link

Você pode ser um dos sorteados! São 3 sorteios de Histórias em Quadrinhos/HQs por dia.

Além dos sorteios de Histórias em Quadrinhos/HQs você pode concorrer a mais de 100 bônus de R$ 20,00 enviado seu nome e curso para e-mail: promocao@ligahq.com.br

Promoção HQs todos os dias!


Responda a pergunta de hoje (para saber, basta ler o QRcode acima) e preencha o formulário: link

Você pode ser um dos sorteados! São 3 sorteios de Histórias em Quadrinhos/HQs por dia.

Além dos sorteios de Histórias em Quadrinhos/HQs você pode concorrer a mais de 100 bônus de R$ 20,00 enviado seu nome e curso para e-mail: promocao@ligahq.com.br



Boa sorte!

Promoção HQs todos os dias!



Responda a pergunta de hoje (para saber, basta ler o QRcode acima) e preencha o formulário: link

Você pode ser um dos sorteados! São 3 sorteios de Histórias em Quadrinhos/HQs por dia.

Além dos sorteios de Histórias em Quadrinhos/HQs  você pode concorrer a mais de 100 bônus de R$ 20,00 enviado seu nome e curso para e-mail: promocao@ligahq.com.br

Boa sorte!

HQs todos os dias!!!


Responda a pergunta de hoje (para saber, basta ler o QRcode acima) e preencha o formulário: link

Você pode ser um dos sorteados! São 3 sorteios de Histórias em Quadrinhos/HQs por dia.

Além dos sorteios de Histórias em Quadrinhos/HQs  você pode concorrer a mais de 100 bônus de R$ 20,00 enviado seu nome e curso para e-mail: promocao@ligahq.com.br

Boa sorte!

Promoção HQs todos os dias!


Durante a semana de 8 a 12 de agosto, 3 vezes ao dia, a Biblioteca irá sortear HQs para os que responderem perguntas sobre o universo dos quadrinhos. Além dos sorteios de HQs você poderá concorrer a mais de 100 bônus de R$ 20,00. Para isso, basta enviar seu nome e curso para o e-mail promocao@ligahq.com.br

As perguntas e dicas estarão pela Biblioteca (a começar pelo cartaz, na porta de entrada).

Para participar basta você seguir estes passos:

É muito fácil!

1º) Com seu celular, acesse o site: http://www.i-nigma.mobi (para iPhone, entre no App Store)

2º) Faça o download do leitor de QRcode

3º) Abra o aplicativo e use a câmera

4º) Mire ou fotografe a imagem

5º) Pronto! Você descobrirá qual é a pergunta do dia. E, se souber a resposta, basta escrevê-la em nosso blog e você já estará participando do sorteio. Boa sorte!

A cada dia uma nova pergunta com algumas pistas espalhadas pela Biblioteca (todas em formato de QRcode).

Serão 3 sorteios todos dias desta semana. Os ganhadores serão avisados por e-mail.


Livreiro do Alemão cria "barracoteca" na favela

Por Emilo Sant´anna

Enquanto traficantes do Comando Vermelho em fuga trocavam tiros com a polícia e soldados do Exército durante a ocupação dos complexos da Penha e do Alemão, em novembro de 2010, Otávio Júnior, 27, escrevia.

Sem poder sair de casa, finalizava "O Livreiro do Alemão" --seu ingresso no mundo dos escritores-- e preparava-se para instalar a primeira biblioteca do conjunto de 13 favelas na zona norte do Rio com quase 400 mil pessoas.

"Quando os confrontos eram muito acirrados, eu produzia muito. Escrevia enquanto as balas "comiam" para cima e pra baixo."

Paula Giolito/Folhapress
Otávio Júnior criou a "Barracoteca Hans Christian Andersen"; no ensino médio, ele matava aula para ir à biblioteca

Biblioteca? Na verdade, trata-se da "Barracoteca Hans Christian Andersen" -corrige Otávio. O nome é uma homenagem ao escritor dinamarquês autor de contos como "A Pequena Sereia" e "A Roupa Nova do Rei".

O local um antigo salão de forró no morro do Caracol, Complexo da Penha, funciona desde maio e será inaugurado oficialmente em 22 de agosto, dia do Folclore.

Parte dos livros é doação do Ministério da Cultura, o resto foi amealhado por Otávio durante os dez anos em que andou por todo o Complexo da Penha e do Alemão, com uma mala na mão, oferecendo livros emprestados aos moradores.

O investimento foi de R$ 7.000. Como não tinha nem a décima parte desse valor, a solução foi apelar a conhecidos e desconhecidos. "Passei o chapéu, mas passei o chapéu virtual", diz.

No blog Ler é 10 - Leia Favela (leredezleiafavela.blogspot.com), o jovem anunciou a barracoteca. Em três meses reuniu a quantia necessária.

Filho de pedreiro, chamou o pai para reformar o local.

Otávio narra em "O Livreiro do Alemão" (Panda Books) como seu amor à literatura se deu quase por acaso. Aos oito anos, saía de casa todo dia para ver as peladas no campo de terra da comunidade.

"Naquele dia, passei em frente a um lixão e havia uma caixa com brinquedos velhos e um livro", conta. "À tarde faltou luz e como não podíamos assistir a televisão preto e branco, lembrei do livro."

IMPACTO

O "impacto da literatura" mudou a vida do menino. A paixão cresceu a ponto de, no ensino médio, desenvolver um hábito: matar aula, tomar um ônibus, andar 20 km e ir para a biblioteca do Museu da República, no centro. "Chegava a ler dez livros por dia."

Era então um tempo difícil. A família enfrentava o alcoolismo do pai de Otávio.

"Minha mãe ficou louca quando descobriu. Porém, sabia que eu matava aula mas estava bem acompanhado."

Fonte: Folha.com

"Bicicloteca" empresta livros para moradores de rua em SP

Alessandro Shinoda/Folhapress


A Revolução dos Bichos, de George Orwell (1903-1950), é o livro que mais impressionou o ex-morador de rua Robson Mendonça, 60, gaúcho de Alegrete. Por gostar de ler, e não poder pegar nada emprestado de bibliotecas públicas por não ter comprovante de endereço, ele tinha um sonho. Quando melhorasse de vida, criaria uma biblioteca só para pessoas da rua. Ontem, em pleno Marco Zero da capital paulista, na praça da Sé, lá estava ela.

A bicicloteca -uma bicicleta equipada com um baú atrás com centenas de livro dentro- fez a sua estreia. "Até agora [por volta das 15h] 80 livros foram retirados", diz Mendonça, exibindo a lista de nomes escritos à mão em um caderno. Quem pega um livro tem duas opções: ou passa adiante para quem quiser ler, ou devolve para a bicicleta. Todo acervo do projeto, bancado exclusivamente por parceiros privados, é fruto de doações. No baú, títulos de Truman Capote, Lima Barreto e Graciliano Ramos.

Mendonça conta que perdeu a mulher e dois filhos em um acidente. Essa foi uma das causas que o levou para a rua, onde permaneceu por seis anos, até 2003. "Perdi tudo após um golpe. Com documentos falsos, levaram o que tinha na conta do PIS/PASESP", diz.

Hoje, ele dirige uma ONG para pessoas das ruas. "Atendemos 380 desde janeiro".

(EDUARDO GERAQUE)

Promotoria troca processo por doação de livros no interior de SP

Por Elida Oliveira

Suspeitos de cometerem crimes federais leves em São Carlos (232 km de São Paulo) estão se deparando com uma proposta "inusitada" do Ministério Público Federal: doar livros em vez de responder ao processo.

O acordo começou a ser proposto há sete meses para casos em que a punição seria inferior a dois anos e para suspeitos sem antecedentes criminais. Se enquadram nessa situação crimes como falso testemunho, contrabando, descaminho e desacato, por exemplo.

Até agora, três processos já terminaram em acordo, e 80 novos livros chegaram às prateleiras de bibliotecas do município. Um quarto acordo foi fechado na última semana e renderá mais R$ 1.650 em livros, valor que será dividido em dez vezes.

Segundo o procurador Ronaldo Ruffo Bartolomazi, 34, que desenvolve a parceria com a Secretaria da Educação de São Carlos, o acordo é facultativo e pode ser feito antes do início do processo ou durante o andamento.

De acordo com a secretária da Educação de São Carlos, Lourdes Moraes, os supostos infratores escolhem os títulos em uma lista elaborada pela pasta.

O futuro doador vai à livraria, compra os livros conforme o valor da multa, os leva à secretaria e, se quiser, entrega na biblioteca.

O projeto de São Carlos foi inspirado em um que existe em Presidente Venceslau desde 2010. O juiz Silas Silva Santos, 34, decidiu aplicar a doação de livros no lugar das cestas básicas em casos de crimes leves --como porte de droga e lesões corporais. De acordo com ele, em um ano, foram doados mil livros a 16 escolas.

Fonte: Folha.Com

Mário Chamie

Nosso poeta, professor e diretor do Instituto Cultural ESPM morreu ontem, 3 de julho, aos 78 anos.

Mário Chamie, nasceu em 1º de abril de 1933, em Cajobi, no interior de São Paulo. Foi secretário municipal de Cultura entre 1973 e 1983, em sua gestão criou o Centro Cultural São Paulo, a Pinacoteca Municipal de São Paulo e o Museu da Cidade de São Paulo.

Escritor, ensaísta, poeta e criador do movimento Poesia-Práxis. Era membro da Academia Paulista de Letras, desde 1992, vencedor do Prêmio Jabuti, por sua obra Lavra Lavra. Desde de 2007 era locutor do programa 50 por 1 da Rede Record e era também colaborador do Estado de S. Paulo.

Livro de Darwin é devolvido à biblioteca australiana com 122 anos de atraso

Os funcionários da Camden Library, em Sidney, na Austrália, nem sabiam, mas uma cópia do importante (e raro) livro Insectivorous Plants, de Charles Darwin, fazia parte de seu acervo. Mas não por incompetência. O problema é que ele foi emprestado há muito tempo...122 anos, mais precisamente.

Eles só ficaram sabendo da existência do livro esta semana, depois que uma universidade local herdou uma coleção particular. O exemplar estava nas mãos do tal colecionador, um senhor cujo nome não foi divulgado, há pelo menos 50 anos. Por onde ele andou nos 72 anteriores, porém, ninguém faz ideia.

E para quem já está se perguntando o valor da multa, ela até foi calculada: US$ 35 mil dólares australianos (quase R$ 60 mil), mas ninguém vai ter que colocar a mão no bolso. O livro foi devolvido justamente no “mês de anistia de multas”, promovido pela biblioteca para ajudar instituições de caridade: em vez de pagar a taxa pelo atraso, os leitores são incentivados a fazer doações.

O empréstimo aconteceu no dia 30 de janeiro de 1889, conforme atesta um selo colado até hoje na contracapa. “Eles viram o selo e nos mandaram de volta (o livro). Ficamos absolutamente maravilhados, eis esse fantástico livro antigo que pode voltar ao nosso acervo”, comemora a gerente de serviços comunitários da biblioteca, Linda Campbell.

A instituição, agora, parece não estar nem um pouco disposta a arriscar: o livro jamais será emprestado novamente. “Ele será preservado, estará aqui, as pessoas poderão vê-lo, mas ele não sairá por empréstimo”, explica Campbell.

Fonte: Virgula

FESTA JUNINA E COMEMORAÇÃO DE ANIVERSÁRIOS


Hoje foi dia de festa na Biblioteca! Festa junina e comemoração dos aniversários do Adilson, Izilda e Danyele.

Aos aniversariantes parabéns e desejamos felicidade e sucesso.


Clique na imagem abaixo e veja as fotos:

Comemoração de aniversários



Festa Junina

Biblioteca Guita e José Mindlin ganha nova sede na USP

A nova biblioteca será em um prédio de 20 mil metros quadrados.Ela vai abrigar uma coleção de 40 mil volumes. São obras raras de literatura brasileira e portuguesa, entre outras.




Fonte: Globo Vídeos

Biblioteconomia

A profissão foi abordada no programa "Espaço Documentário", exibido pela TV Justiça, em 30 de maio. Realizado pelo Núcleo de Memória Histórica do Supremo Tribunal Federal, com a coordenação editorial de Pedro Del Picchia, o programa, de cerca de 30 minutos, abordou as diversas funções e papéis do bibliotecário, presente nas comunidades, bibliotecas, universidades, escolas e organizações.

Participaram: Evanda Verri Paulino CRB-8/1273, presidente do Conselho Regional de Biblioteconomia do Estado de São Paulo (CRB-8), Katharina Berg CRB-8/4980, diretora da América Latina da Associação Internacional de Biblioteconomia Escolar (IASL), Regina Fazioli CRB-8/2491, coordenadora da Biblioteca Virtual do Governo do Estado de São Paulo, Valéria Valls CRB-8/5243, coordenadora da Faculdade de Biblioteconomia e Ciência da Informação da FESPSP, e Yara Rezende CRB-8/2725, gerente de informação da Natura Cosméticos, além de vários bibliotecários.

Assista aos programas:





Novos colaboradores

Nas últimas semanas vários colaboradores passaram a integrar o time da Biblioteca.

Confira quem são eles:

Sejam bem vindos!

Aniversariantes do mês de maio

A equipe da Biblioteca Central ESPM-SP se reuniu hoje para comemorar o aniversário dos colaboradores: Marcos, Henrique Ribeiro e Cristina (foto).

Parabéns e desejamos felicidade e sucesso.

Clique na imagem abaixo e veja mais fotos


Bibloteca de NY completa cem anos

A Biblioteca Pública de Nova Iorque, fez 100 anos essa semana, foi fundada no século 19. Atualmente sua coleção supera 50 milhões de itens entre estes mais de 20 milhões de livros.

Dentro deste novo contexto da era digital e plataforma participativa da Web 2.0, a Biblioteca Pública de Nova Iorque tem experimentado diferentes tecnologias: aplicativos para smartphones e tablets, jogos de realidade aumentada, empréstimo de laptops para trabalho.

No espaço online, a Biblioteca foi inovadora ao ser uma das primeiras cinco parceiras do Google Books e por disponibilizar seu arquivo de imagens de maneira gratuita através de sua Galeria Digital. Criada em 2005, ela dá acesso a um banco de 700.000 imagens de fotos e ilustrações que pertencem aos arquivos da biblioteca, e podem ser baixadas livremente do site. A galeria já ganhou menções positivas no Times e no Archives & Museum Informatics por sua qualidade técnica.

A GENTE SOMOS INÚTIL

Na semana passada trechos do livro didático "Por uma Vida Melhor", da Coleção Viver, Aprender, voltado para a educação de jovens e adultos (EJA), deu o que falar!

O livro apresenta textos com erros de concordância.

Mas a surpresa geral e o que acabou causando polêmica foi a aprovação do MEC.

Para o órgão, o papel da escola é não só o de ensinar a forma culta da língua, mas também o de combate ao preconceito contra os alunos que falam “errado”.

Em um outro exemplo, os autores mostram que não há problema em se falar “nós pega o peixe” ou “os menino pega o peixe”. Ao defender o uso da linguagem popular, os autores afirmam que as regras da norma culta não levam em consideração a chamada língua viva.

Uma das autoras do livro, a professora Heloisa Ramos, declarou que a intenção era deixar aluno à vontade por conhecer apenas a linguagem popular, e não ensinar errado.

Há os que defendem que não existem erros gramaticais naturais, ou seja, na forma como se fala. Um dos defensores desta ideia é o professor, tradutor, escritor e linguista e doutor em Filologia e Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo (USP), Marcos Bagno que milita contra toda forma de exclusão social pela linguagem.

E agora, José?*

Há os que estão do lado oposto, como o jornalista Clóvis Rossi. Em seu artigo "Inguinorança" publicado na Folha de S. Paulo em 15/5, Rossi que classifica o livro aceito pelo MEC como "criminoso". O texto do jornalista inicia-se assim:

"Não, leitor, o título acima não está errado, segundo os padrões educacionais agora adotados pelo mal chamado Ministério de Educação. Você deve ter visto que o MEC deu aval a um livro que se diz didático no qual se ensina que falar "os livro" pode.
Não pode, não, está errado, é ignorância, pura ignorância, má formação educacional, preguiça do educador em corrigir erros. Afinal, é muito mais difícil ensinar o certo do que aceitar o errado com o qual o aluno chega à escola."

Diante de tanta polêmica, lançamos o convite à reflexão e discussão: E você, o que acha disso?

Compartilhe seus comentários.

Para saber mais sobre o assunto:


* Pergunta de algumas estrofes do poema "José" de Carlos Drummond de Andrade

Leitura: obrigação ou prazer?

Texto de Mariana Caminha
A coisa só vai mudar mesmo, na prática, ano que vem. Mas já se pode dizer que o currículo das escolas inglesas passa hoje por uma grande revisão, especialmente no que toca ao ensino da língua.

É que o governo da Inglaterra está com os olhos voltados para o que as crianças andam lendo na escola. Na verdade, preocupa-se com o que os alunos estão deixando de ler nos primeiros anos de ensino formal.

O ministro da Educação inglês, Michael Gove, é quem lidera a revolução que está para acontecer. Ele, que se diz tradicional quando o assunto é ensino, acredita que as escolas afrouxaram o aprendizado e dá como exemplo os alunos de segundo grau, que leem cerca de dois romances por ano. Segundo Gove, o ideal era que fossem 50 livros, pelo menos.

Por isso, o Ministério da Educação quer implementar uma lista de leitura obrigatória, de livros e autores, para crianças entre 5 e 11 anos. O problema seria, então, corrigido ou evitado ainda no primeiro grau.

Vocês não imaginam o debate que a ideia está gerando no país. E olha que a medida ainda nem saiu do papel. Enquanto autores de livros infantis se pronunciam, e dizem que professores têm de ter a liberdade de indicar as obras que mais se adequam ao perfil de seus alunos, especialistas em educação afirmam que a medida vai fazer com que os alunos passem a detestar ler.

“Esse Michael Gove é um totalitário, um ditador da leitura!”, exageram.

Quase que inevitavelmente, a história me faz lembrar de outro ditador do ramo, só que brasileiro, um professor da Universidade de Brasília.

“Ditador” e “louco” eram provavelmente os adjetivos mais sutis dados pelos alunos a Gilson Sobral, do Departamento de Letras, um professor igualmente adorado e odiado pelos universitários. A semelhança entre Sobral e Gove? Uma infame lista de obras imposta aos alunos.

A ideia de Sobral era simples: apresentar aos jovens uma relação de clássicos da Literatura e obrigá-los a ler um por semana. Para certificar-se do cumprimento da tarefa, elaborava provas extremamente específicas, aplicadas todas as segundas-feiras. Não dava para enganar o ditador. Quem trocasse os livros por resumos tirados da Internet não conseguia fazer a prova. Era reprovação na certa.

Foi assim que eu, aos 18 anos, fui apresentada a Cervantes, Dante Alighieri, Platão, Camões, entre tantos outros gigantes da literatura mundial. Sobral foi o meu primeiro professor na UnB, e o mais importante deles.

Pode ser que eu tenha tendências totalitárias. Afinal de contas, apliquei o método “sobraliano” a meus alunos de literatura no segundo grau, à época em que me aventurei pelo magistério…

Testemunhei os protestos enfrentados por Sobral no Brasil. Já para Gove a situação é ainda mais difícil, pois sua sala de aula é infinitamente maior, um país inteiro. A eles, defensores da imposição de que os jovens devem ler os clássicos, opõem-se os que dizem não haver nada mais favorável à literatura… do que o prazer de ler, a deliciosa experiência de devorar um bom livro. O ideal, penso, é o meio termo entre as duas convicções. Belo desafio para os professores, de quem já fui colega um dia…

Mariana Caminha é formada em Letras pela UnB e em jornalismo pelo UniCEUB. Fez mestrado em Televisão na Nottingham Trent University, Inglaterra. Casada, mora em Londres, de onde passa a escrever para o Blog do Noblat sempre às segundas-feiras. Publicou, em 2007, o livro Mari na Inglaterra - Como estudar na ilha...e se divertir

Fonte: Blog do Noblat

Biblioteca Parque de Manguinhos



Em uma área de 2.3 mil metros quadrados e com um acervo de 25 mil livros, 650 filmes e três milhões de música, a Biblioteca Parque de Manguinhos é inspirada nas bibliotecas parques de Medelin e Bogotá e vai atender a 16 comunidades da região.

Bem mais que uma biblioteca no conceito tradicional, trata-se de um espaço cultural e de convivência, que oferece à comunidade áreas como, biblioteca digital, CDteca, DVDteca, internet comunitária e rede wi-fi, jardim de leitura, brinquedoteca, um setor de periódicos e uma sala multiuso. Em breve terá também um cineteatro. O espaço tem um setor específico com acervo para deficientes visuais.

Baseada no conceito de que bibliotecas não devem ser espaços silenciosos, mas lugares que se aproximem de centros culturais, a Biblioteca Parque de Manguinhos realizará atividades culturais e de leitura de maneira ampla, e atuará como instrumento de educação e de formação de cidadãos.

A biblioteca parque conta ainda uma sala – denominada "Meu Bairro" – para reuniões da comunidade. No espaço cultura, haverá leitura, cursos, oficinas, estágios, intercâmbios e atividades dedicadas às crianças e aos jovens.

Segundo a Superintendente de Leitura e Conhecimento da SEC, Vera Saboya, esse espaço tem importante papel nas comunidades a que servirá.

“A Biblioteca Parque é uma biblioteca pública multifuncional em área de risco e, assim, contribui para a diminuição da violência, criando um espaço de convivência da comunidade. A Cultura tem papel decisivo na construção de um cidadão crítico e confiante de seu papel criador na sociedade. Assim, transforma através da reflexão, da criação e da alegria”, diz Vera.

A Academia Brasileira de Letras é madrinha da Biblioteca Parque de Manguinhos, a qual apoia com a doação de livros, consultoria a cerca da aquisição de novos títulos para atualização do acervo e orientação sobre a programação de seminários. No futuro, lançará, em parceria com a Secretária de Estado de Cultura, o prêmio de literatura da Biblioteca Parque de Manguinhos e da Academia Brasileira de Letras.

Bibliotecas Parque são na verdade centros culturais, idealizados para o convívio comunitário. São chamadas bibliotecas, mas possuem também acervos sonoros, audiovisuais, auditórios e cine-teatros. Na América Latina, a Colômbia foi a pioneira em utilizar esse tipo de espaço como política de desenvolvimento humano, situando-as em favelas de cidades como Bogotá e Medellin. No Brasil, a primeira iniciativa do tipo foi a Biblioteca São Paulo, construída no local onde ficava o antigo presídio do Carandiru. "Onde há cultura, a violência não sobrevive", disse Juca Ferreira, Ministro da Educação que esteve presente à inauguração em Manguinhos.






Em entrevista no portal Cultura.rj, a secretária de Cultura Adriana Rattes faz um retrospecto do primeiro ano de vida da Biblioteca-Parque de Manguinhos


A Biblioteca Parque de Manguinhos fica na Avenida Dom Helder Câmara, 1184 – Benfica. A biblioteca funciona de terça à quinta-feira, de 10h às 20h, sexta-feira, de 10h às 21h, sábado e domingo, de 11h às 21h.


Coordenadora: Ivete Miloski
Av. Dom Helder Câmara, 1184
Benfica – Rio de Janeiro
CEP 20.973-012
Tel: (21) 2334-8915/ 2334-8917/ 2334-8916




Fotos do Bibliotecários Sem Fronteiras e do Flickr do Governo do Rio (todas do fotógrafo Paulo Botelho)


Fonte: Secretaria da Cultura RJ,  Bibliotecários Sem Fronteiras, Portal Literal

Unesp inaugura novo jeito de editar livros acadêmicos

Com a Coleção de Publicações Digitais da PROPG a Unesp sai na frente e lança, os primeiros 44 títulos de sua coleção digital de livros. Em 10 anos, serão 600 obras. Não se trata de digitalização do acervo, como se tem observado, mas de livros que já nascem digitais. O download das obras (em pdf) é gratuito e dura poucos segundos. Antes disso, porém, é necessário fazer um cadastro simples.

A iniciativa é resultado da parceria da Fundação Editora Unesp (FEU) com a Pró-Reitoria de Pós-Graduação da Unesp, que criaram em 2009 um programa de publicação de livros digitais nas áreas de Ciências Humanas, Ciências Sociais e Aplicadas, Linguística, Letras e Artes. Os trabalhos foram selecionados pelos conselhos de programas de pós-graduação e editados na Coleção de Publicações Digitais da PROPG pelo selo Cultura Acadêmica.

No site, além dos livros, o leitor encontra entrevistas com cada um dos autores e textos sobre as obras. A iniciativa inaugura um novo jeito de editar livros acadêmicos no Brasil.


Relação dos títulos por Programa de Pós-Graduação

Artes
Circos e palhaços brasileiros - Mario Fernando Bolognesi

Francisco Brennand: aspectos da construção de uma obra em escultura cerâmica - Camila da Costa Lima

Ciência da Informação
A indexação de livros: a percepção de catalogadores e usuários de bibliotecas universitárias. Um estudo de observação do contexto sociocognitivo com protocolos verbais - Mariângela Spotti Lopes Fujita (Org.)

Tecnologia e gestão pública municipal: mensuração da interação com a sociedade - Ricardo César Gonçalves Sant`Ana

Ciências Sociais
Políticas de segurança pública no estado de São Paulo - Luís Antônio Francisco de Souza (Org.)

Cultura Gaúcha e separatismo no Rio Grande do Sul - Caroline Kraus Luvizotto

Comunicação
Representações, jornalismo e esfera pública democrática - Murilo César Soares

História e comunicação na nova ordem internacional - Maximiliano Martin Vicente

Design
Design e planejamento: aspectos tecnológicos - Marizilda dos Santos Menezes e Luis Carlos Paschoarelli (Org.)

Design e ergonomia: aspectos tecnológicos - Marizilda dos Santos Menezes e Luis Carlos Paschoarelli (Org.)

Direito
As interfaces do direito agrário, dos direitos humanos e a segurança alimentar - Elisabete Maniglia

Economia
A evolução recente do setor bancário no Brasil - Patrícia Olga Camargo

Crescimento econômico no estado de São Paulo: uma análise espacial - Rodrigo de Souza Vieira

Educação
O ensino da filosofia no limiar da contemporaneidade: o que faz o filósofo quando seu ofício é ser professor de filosofia? - Rodrigo Pelloso Gelamo

Educação Escolar
(Im)pertinências da educação: o trabalho educativo em pesquisa - Maria Lúcia de Oliveira (Org.)

Complexidade da formação de professores: saberes teóricos e saberes práticos - Marilda da Silva

Educação para a Ciência
Ensino de Ciências e matemática I: temas sobre formação de conceitos - Roberto Nardi (Org.)

Ensino de Ciências e matemática II: temas sobre formação de conceitos - Ana Maria de Andrade Caldeira (Org.)

Estudos Línguísticos
Dicionário de dermatologia - Lídia Almeida Barros (Coord.)

Estudos Literários
A ironia e suas refrações: um estudo sobre a dissonância na paródia e no riso - Camila da Silva Alavarce

Lira dissonante: o grotesco na lírica romântica brasileira - Fabiano Rodrigo da Silva Santos

Filosofia
As paixões humanas em Thomas Hobbes: entre a ciência e a moral, o medo e a esperança - Hélio Alexandre da Silva

O problema da motivação moral em Kant - Hélio José dos Santos Souza

Geografia
As chuvas e as massas de ar no estado de Mato Grosso do Sul: estudo geográfico com vista à regionalização climática - João Afonso Zavattini

Da produção ao consumo: impactos sócio-ambientais no espaço urbano - Silvia Aparecida Guarnieri Ortigoza e Ana Tereza Caceres Cortez (Orgs.)

História
A democracia impressa: transição do campo jornalístico e do político e a cassação do PCB nas páginas da grande imprensa brasileira, 1945-1948 - Heber Ricardo da Silva

Carlos Octavio Bunge e José Ingenieros: entre o científico e o político. Pensamento racial e identidade nacional na Argentina (1880-1920) - Camila Bueno Grejo

A diplomacia da americanização de Salvador de Mendonça (1889-1898) - Gabriel Terra Pereira

O ayllu andino nas crônicas quinhentistas - Ana Raquel Marques da Cunha Martins Portugal

Letras
Vozes femininas da poesia latino-americana: Cecília e as poetisas uruguaias - Jacicarla Souza da Silva

Adolfo Caminha: um polígrafo na literatura brasileira do século XIX Vol. I e II - Carlos Eduardo de Oliveira

Fragmentos do contemporâneo: leituras - Sérgio Vicente Motta e Susanna Busato (Org.)

O percurso da indianidade na literatura brasileira: matizes da figuração - Luzia Aparecida Oliva dos Santos

Linguística e Língua Portuguesa
O percurso dos gêneros do discurso publicitário: uma análise das propagandas da coca-cola - Ana Lúcia Furquim Campos-Toscano

Linguagem, educação e virtualidade: experiências e reflexões - Ucy Soto, Mônica e Isadora (Orgs.)

Música
Laurindo Almeida: dos trilhos de Miracatu às trilhas em Hollywood - Alexandre Francischini

Psicologia
Cartografias do envelhecimento na contemporaneidade: velhice e terceira idade - Mariele Rodrigues Correa

Cadê o brincar? Da educação infantil para o ensino fundamental - Flávia Cristina Oliveira M. de Barros

Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem
Aprendizagem e desenvolvimento humano: avaliações e intervenções - Tânia Gracy Martins do Valle (Org.)

Serviço Social
Educação permanente em saúde para os trabalhadores do SUS - Fernanda de Oliveira Sarreta

A construção do perfil do assistente social no cenário educacional - Maria Cristina Piana

Recomeçar: família, filhos e desafios - Nayara Hakime Dutra Oliveira

As empresas familiares da cidade de Franca: um estudo sob a visão do serviço social - Maria José de Oliveira Lima

Sociologia
A formação cultural dos jovens do MST: a experiência do assentamento Mário Lago, em Ribeirão Preto (SP) - Frederico Daia Firmiano.

Fonte: Publishnews