A Reinvenção da profissão de bibliotecário no mundo

O Vagner compartilhou conosco, o artigo “How to reinvent librarians: five top tips from around the world”, do jornal britânico The Guardian, sobre a necessidade de uma reinvenção da profissão de bibliotecário no mundo e convida à reflexão apresentando cinco dicas propostas por bibliotecários de todo o mundo:

1 - Unir forças

2 - Ser honesto com você e os usuários

3 - Abraçar a criatividade

4 - Sair de trás da mesa (figurativa e literalmente)

5 - Compartilhar ideias


O Global Librarian é uma publicação conjunta de duas organizações bibliotecárias de Nova York, a Association of College and Research Libraries (Greater New York Metropolitan Area Chapter) e a Metropolitan New York Library Council. Ele tem como objetivo destacar bibliotecários ao redor do mundo que tomaram medidas ativas para se reinventar enquanto estão revigorando sua profissão.


Para ver o artigo na integra clique no link: The Guardian.

Biblioteca na praia


 
 
Trata-se da primeira biblioteca montada em uma praia na União Européia. Ela conta com mais de 2.500 livros escritos em 10 línguas! Nenhuma taxa é cobrada ao leitor. Essa é a ideia do resort Albena, na Bulgária, para seus convidados curtirem o verão.

Fonte: O Globo

Sete atitudes que formam leitores

Danilo Venticinque



Incentivar a leitura é um dever do governo e das escolas. Mas nós, leitores, podemos ajudar

A leitura é, por natureza, um ato solitário. Podemos estar no meio de uma multidão: basta abrir um livro e, no meio do primeiro parágrafo, a realidade à nossa volta dá lugar ao universo do autor. É um grande prazer, mas também um pequeno risco. Como contagiar outras pessoas com o hábito da leitura, num país em que atividades coletivas são uma tradição, se o próprio ato de ler nos impulsiona para o isolamento?
 
Mesmo na solidão da leitura, cada leitor é parte de um só grupo. Seus interesses são tão múltiplos quanto a variedade de livros a seu dispor, mas todos têm em comum o prazer da leitura. Nessa multidão desunida e heterogênea, há pouca ação e muito pessimismo. Muitos dos que espalham a frase feita que diz que "o brasileiro não lê" são leitores. Em seu isolamento, não percebem que isso começou a mudar – e que eles estão deixando de cumprir um papel importante. Popularizar a leitura é uma obrigação do governo e das escolas, mas também deveria ser um esforço pessoal de cada leitor.

 Um país com mais leitores é um país mais educado, com livros mais acessíveis e uma produção literária mais rica. Entre um livro e outro, com atitudes simples, qualquer leitor pode dar sua pequena contribuição para que isso se torne realidade.

 
1) Seja um (bom) leitor
 
Num mundo repleto de distrações, não faltam incentivos e desculpas para fazer qualquer outra coisa em vez de ler um livro. Sucumbir a algumas delas é inevitável. Podemos perder algumas batalhas, mas não a guerra. De distração em distração, já vi aficionados pela leitura entrarem, sem aviso, no grupo dos 50% de brasileiros que não leram um livro nos últimos três meses. Algumas pessoas estão nesse grupo porque não sabem ler, ou porque não têm acesso a livros. Porém, há os que engrossam as estatísticas por pura preguiça. Não basta ir à livraria, sucumbir às tentações do consumo e deixar os livros acumulando poeira na estante. É preciso dar um bom exemplo. O primeiro passo para formar mais leitores é formar-se leitor.
 
2) Converse sobre livros
 
Por que assistimos a tantos filmes, novelas e séries de televisão? Se dependêssemos apenas de nossa vontade e interesse, seriam poucos os espectadores fiéis. Mas recebemos recomendações de amigos, ouvimos comentários de desconhecidos, lemos sobre o assunto nas redes sociais e isso nos anima a voltar ao cinema, a sentar diante da televisão e a assistir a mais um episódio. Os fãs de filmes, novelas e séries não economizam oportunidades para demonstrar sua paixão. Dezenas de amigos me recomendaram Breaking bad antes que eu me tornasse viciado na série (que, aliás, é ótima). Sei que muitos dos meus amigos são leitores, mas poucos me recomendam os livros que acabaram de ler. Por ver a leitura como um hábito solitário, sentem-se mais à vontade para falar sobre outros assuntos – e deixam de compartilhar suas descobertas. Conversar sobre livros não é algo só para intelectuais. Não há nada de errado em ser fã de um autor e se comportar como tal. Se você acha que todos seus amigos deveriam ler o livro que você acabou de ler, diga isso. Talvez todos leiam.
 
3) Busque aliados

 A internet é um inferno de distrações quando queremos nos concentrar e ler um livro, mas um paraíso para encontrar outros leitores. Há redes sociais dedicadas exclusivamente a isso, como a brasileira Skoob e a americana Goodreads. Também não faltam blogs e sites dedicados ao tema. No Facebook, há dezenas de grupos dedicados a amantes dos livros. Entrar num deles é uma forma de reforçar o hábito de ler, trocar recomendações e manter-se atualizado. Quanto maiores os grupos, maior a chance de atrair e manter novos leitores. Longe de ser uma inimiga da leitura, a internet pode ser uma importante aliada.

4) Presenteie

 Lembro-me muito pouco das roupas, brinquedos e outras bobagens que eu ganhava de presente na minha infância. Mas não me esqueço do dia em que meu padrinho me levou a uma livraria e me presenteou com um exemplar de 20 mil léguas submarinas – o primeiro livro que eu li por vontade própria, e o primeiro a me tirar da frente da televisão e dos games. Dar livros de presente é uma bela maneira de espalhar e reforçar o hábito da leitura, não importa a idade de quem é presenteado. Preste atenção nos desejos e curiosidades das pessoas ao seu redor, e pense em livros que podem agradá-las. Quem conhece bem seus amigos e parentes saberá escolher um título adequado para animar mesmo quem não está acostumado a ler. O livro certo, na hora certa, pode ser um presente inesquecível.

 5) Tenha calma

 Antes de recomendar um livro, emprestá-lo ou dá-lo de presente, pense se ele é a escolha mais adequada. Para um leitor em formação, poucas coisas são mais frustrantes do que ler o livro certo na hora errada. Isso vale principalmente para crianças e adolescentes. Quantos estudantes não abandonaram o hábito da leitura após serem golpeados na cabeça, prematuramente, com livros difíceis demais? Alguns clássicos da literatura são acessíveis a qualquer um; outros, mais complexos exigem reflexão e paciência do leitor. Comece pelos mais fáceis. Há tempo suficiente para galgar, degrau a degrau, o caminho que leva a obras literárias complexas. Antes de se tornar um hábito, a leitura precisa ser um prazer.

 6) Leia antes de votar

 Num país em que 20% dos habitantes entre 15 e 49 anos são analfabetos funcionais, e 75% jamais pisou numa biblioteca, o esforço para popularizar a leitura passa, necessariamente, por políticas públicas. Há quanto tempo o incentivo à leitura não é abordado num debate entre candidatos a um cargo executivo? No Legislativo, há frentes parlamentares dedicadas ao tema, mas sua atuação é discreta. Entre os municípios, a maioria ainda trata a política cultural como uma política de espetáculos. Gastar milhões para reunir multidões em shows financiados pela prefeitura pode render manchetes de jornais, mas tem pouco impacto na formação cultural de cada cidadão. Organizar eventos literários para incentivar a leitura não é uma solução definitiva, mas já é um passo na direção certa. Investir na criação e manutenção de bibliotecas com uma programação cultural constante é ainda menos espetacular, mas pode ser transformador. Antes de escolher um candidato, descubra o que ele pensa a respeito disso.

 7) Espalhe boas ideias

 Transformar bicicletas em bibliotecas itinerantes. Arrecadar doações de livros no Natal. Distribuir livros gratuitamente em estações do metrô, ou colocá-los à venda e deixar que o comprador escolha o quanto quer pagar. Todas essas propostas são criações recentes de leitores apaixonados. Elas têm potencial para transformar a maneira como os brasileiros se relacionam com os livros, mas precisam se tornar mais conhecidas. Cabe a cada leitor a tarefa de ajudar a divulgar essas iniciativas, contribuir para seu sucesso e, quem sabe, pensar em outras boas ideias para incentivar a leitura. Abrir um livro no meio de uma multidão e se perder em suas páginas é um exercício solitário e prazeroso. Mas seria ainda melhor se fizéssemos isso no meio de uma multidão de leitores.
 
 

Bibliotecas criativas e inovadoras


Espaços incorporam arte, inovação e criatividade com acervos alternativos e regras mais flexíveis
 
 

Na era digital, há quem diga que os livros e os jornais têm os dias contados. E, com grandes acervos sendo digitalizados, as bibliotecas também estão fadadas ao fim? É difícil ter uma resposta concreta para essas mudanças na sociedade, mas, algumas cidades têm inovado na disponibilização de livros para seus usuários, as bibliotecas vivem uma espécie de renascimento criativo. Em Nova York algumas delas abrigam sedes de zines, salas de leitura, oficinas literárias e festas - voltando a pulsar arte e criatividade.





Outra iniciativa criativa acontece na cidade gaúcha de Campo Bom onde as paradas de ônibus viraram centros de leitura de qualidade. Ao lado do ponto, uma estante abastecida com diversos títulos que foram descartados da biblioteca municipal fazem os passageiros do município de 60 mil habitantes esquecerem, por instantes, as preocupações de mais um dia de trabalho ou aula. Por enquanto, são duas estantes com 200 obras cada, nos dois pontos de maior circulação da cidade. Uma ideia simples que pode mudar a vida de muitas pessoas sem acesso à cultura.
 

 

Festa junina na Biblio

A Biblioteca entrou no clima das festas juninas e promoveu mais um “arraiá da Biblio” bem descontraído no dia 28 de junho! Não faltou comida típica e muita alegria.


A festa também contou com brincadeiras fruto de muita criatividade e muita boa vontade da equipe organizadora formada pela: Nelci, Jaime, Kele, Adriana Alves, Mariana, Danyele,  Roberta.
A equipe organizadora também caprichou no preparo e decoração da festa além de elaborar as perguntas de conhecimentos gerais do quizz que resultou na entrega de brindes a quem acertasse.

Durante a festa, a Stefanie se emocionou, ao ganhar dos colegas, um envelope com dinheiro (arrecadado pela Cibele), presente de casamento da equipe da biblioteca.  Sexta-feira também foi seu último dia  como estagiária, na ESPM. Ela agradeceu a todos por tudo e enfatizou que, ter trabalhado aqui, foi uma grande e importante fase em sua vida.

Agradecemos e parabenizamos a comissão por todo o empenho. Agradecemos também a todos que participaram trazendo comidas.

Foi um dia de alegria. Confira as fotos aqui!