Quais são os países mais leitores do mundo?

Os benefícios de ler são múltiplos e comprovados. Estimula a criatividade, enriquece o mapa referencial, reforça processos cognitivos, por exemplo, afinando a memória. Em um plano coletivo, uma sociedade que lê mais, é uma sociedade menos vulnerável, mais inventiva e inclusive seu senso comum é menos medíocre. E neste sentido, e de forma paralela a uma luta cívica e a exigências como a transparência de prestação de contas de seus governos e a regulação de suas elites, acho que o melhor que uma população poderia fazer é tentar a leitura.

Há algumas semanas a Market Research World publicou o Índice de Cultura Mundial, ranking que refere a relação de diversos países, ou melhor dito de sua população, com diferentes hábitos culturais, entre eles a leitura. E ao revisar este último quesito, os países que encabeçam o hábito de ler é verdadeiramente surpreendente. Suponho que, assim como eu, a maioria de nós pensaria que os países mais leitores do mundo seriam os escandinavos, Japão, talvez Alemanha, mas a verdade é que, ao menos de acordo com este relatório, em realidade é nos países asiáticos onde as pessoas se entregam mais a esta proveitosa prática.



O país que mais lê no mundo é a Índia e ocupa essa distinção desde 2005. Os indianos dedicam, em média, 10 horas e 42 minutos semanais para ler. Os seguintes três postos também são ocupados por países da Ásia, Tailândia, China e Filipinas, enquanto o quinto é, notavelmente, o Egito. Posteriormente vem a nação européia melhor localizada, República Tcheca, seguida da Rússia, Suécia empatada com a França, e depois Hungria empatada com a Arábia Saudita. Quanto a América Latina, o país mais leitor é a Venezuela, no 14º lugar, e depois vêm a Argentina (18º), México (25º) e Brasil (27º) com médias de leitura que rondam menos da metade de tempo que dedicam na Índia.




Chama a atenção que as duas economias com maior potencial, China e Índia, estejam acompanhando com educação seu crescimento explosivo na indústria, mercado e outros. Isto sugere que seu desenvolvimento não só responde ao fato de serem por muito as duas maiores populações do planeta, senão que também a uma verdadeira inteligência e estratégia. Por outro lado, não deixa de ser lamentável confirmar um indício a mais de que os latino-americanos, diferente dos asiáticos, estejamos ainda longe da maturidade necessária para, eventualmente, tomar o relevo de mãos da Europa e Estados Unidos, à cabeça do desenvolvimento econômico e cultural.




Enfim, talvez o fato de estar entre os países que mais tempo dedicam à leitura não assegure a sua população um melhor futuro de acordo às variáveis macroeconômicas ou de progresso, e nem sequer para os padrões de civismo ou felicidade, mas ao menos me parece que é um valioso indicador de maturidade, e sem dúvida, permite a construção de um panorama mais rico e interessante, algo que mais cedo ou mais tarde se materializará em melhores condições de vida.




Enquanto isso vamos ter a copa mais cara de todos os tempos nos estádios mais caros do mundo, algo que mais cedo ou mais tarde se materializará em uma quebradeira geral.









Há 

Como a leitura impacta o desenvolvimento da linguagem das crianças





A construção das habilidades de linguagem começa ainda na primeira infância, quando as conexões cerebrais são mais propícias ao aprendizado. Por isso, os adultos que leem para seus filhos têm papel fundamental no desenvolvimento destas capacidades. A leitura de histórias contribui para a ampliação do vocabulário, para a formação da consciência fonológica e para a identificação de letras e palavras.

Há evidências de que, desde os 14 meses, os bebês cujos pais ou responsáveis realizam atividades de leitura já têm melhor desenvolvimento da linguagem. Desde a 25ª semana na barriga, ele já é capaz de ouvir e diferenciar sons.

Desde que nascem, e especialmente dos 0 aos 6 anos, as crianças se colocam em posição de escuta, e os adultos conseguem perceber que elas estão construindo significados e adquirindo habilidades relacionadas à linguagem. 

“O bebê consegue identificar que existe um ritmo diferente quando você faz uma leitura, quando você canta. Por isso que se fala em como os bebês reconhecem cantigas que as mães cantam quando ele está na barriga. Desde aí, a leitura já é importante”, afirma Cláudia Sintoni, coordenadora de Mobilização Social da Fundação Itaú Social.

Aprendizado

Além disso, os benefícios de ler para as crianças vão acompanhá-las durante a futura vida escolar, com possível melhora nas habilidades de leitura e de compreensão de texto no ensino fundamental. A criança identifica o significado das palavras, e aos poucos amplia seu vocabulário. Por isso, o processo de leitura parental tem impacto na alfabetização.

“É importante que isso seja constante, que a gente realmente crie o hábito de ler. Quando a criança entra na escola, muitos pais param um pouco com essa rotina de ler em casa, e pode ser que ela perca aquilo que ela adquiriu. Existem estudos que falam que você precisa ter uma constância, uma permanência no hábito da leitura”, explica Cláudia.

Fonte: http://bit.ly/2f1z9Do