Os primeiros 80 livros do resto de nossas vidas...




A bibliotecária e youtuber Gabriela Pedrão, que mantém um badalado canal no YouTube, resolveu soltar também sua própria lista de ano novo. Como todo mundo que faz o balanço do Ano Velho e cria suas resoluções de Ano Novo, ela, sempre bem humorada e divertida, resolveu ser bem mais modesta e lançou para sua lista de milhares de seguidores uma lista com os 80 títulos que está muito a fim de ler. Só que ela própria já trata de avisar: "essa lista começa, hoje, com 80 títulos, mas com certeza será atualizada conforme eu interesse por outras obras". E diz mais: "É a minha versão pessoal do ‘1000 livros para ler antes de morrer’, sabe? Postei aqui para quem mais se interessar e porque fica fácil de ir consultando".

Gabriela, que tem mantido a rotina de postar um vídeo novo a cada duas semanas para bibliotecários e vários outros por mês sobre seu paixão predileta - ler livros e falar sobre eles, de forma direta, reta e bem humorada - explica o que a motivou. "Com o fim do ano, já comecei a me preparar para os balanços finais. Lidos – não lidos e os projetos para 2017, é claro. Pensando nisso e em tudo que não li e ainda quero ler, resolvi fazer uma lista sem fim de obras fundamentais . É uma lista para a vida, sem especificação de datas para concluir. É formada por coisas que quero ler há tempos, que preciso ler porque são referência, porque marcaram época ou que vem me despertando curiosidade. As escolhas foram baseadas em diversas listas de ‘coisas que você precisa ler porque são fodas’".

Com seu estilão despachado, a youtuber já faz, em um PS, uma advertência para que não a molestem "Lembrete: essa lista é uma escolha pessoal minha e contém obras que eu quero ler. Então, nem adianta dizer que está faltando isso ou aquilo. Ela contém obras clássicas e fundamentais para literatura e com quase nada de contemporâneo, é proposital. Para facilitar, está tudo separado em subgrupos e organizado por ordem alfabética de autor. Quando estiver sinalizado com OK é porque já foi lido..."

Eis, então, a lista elaborada pela moça e praticamente uma popstar da biblioteconomia nacional:

HABEMOS LISTA:

Clássicos:

O Conde de Monte Cristo – Alexandre Dumas
Drácula – Bram Stoker
Os Lusíadas – Camões
Grandes esperanças – Charles Dickens
David Copperfield – Charles Dickens
Robinson Crusoé – Daniel Defoe
A divina comédia – Dante Alighieri
Crime e castigo – Dostoievski
Os irmãos Karamazov – Dostoievski
Os Maias – Eça de Quirós
O morro dos ventos uivantes – Emily Bronte
Cem anos de solidão – Gabriel Garcia Marquez
Revolução dos bichos – George Orwell
Fausto – Goethe
Madame Bovary – Gustave Flaubert
O Sol é para todos – Harper Lee
O jogo das contas de vidro – Hermann Hesse
Odisséia – Homero
Iliada – Homero
O apanhador no campo de centeio – J.D. Salinger
Mansfield Park – Jane Austen
As vinhas da ira – John Steinbeck
O Aleph – Jorge Luis Borges
Coração das trevas – Joseph Conrad
Meu nome é vermelho – Orhan Pamuk
Em busca do tempo perdido (7 volumes) – Proust
O médico e o monstro – Robert Louis Stevenson
O livro da Selva – Rudyard Kipling
Memorial do convento – Saramago
Hamlet – Shakespeare
Macbeth – Shakespeare
Otelo – Shakespeare
O vermelho e o negro – Stendhal
A montanha mágica – Thomas Mann
Anna Kariênina – Tolstói
Guerra e paz – Tolstói
Mrs Dalloway – Virginia Wolf
Lolita – Vladimir Nabokov
A ilha do dia anterior – Umberto Eco
O Senhor das moscas – William Golding
O livro das mil e uma noites
Brasileiros:

Noite na taverna – Álvares de Azevedo
A rosa do povo – Carlos Drummond de Andrade
Espumas flutuantes – Castro Alves
Romanceiro da Inconfidência – Cecília Meirelles
A paixão segundo GH – Clarice Lispector
O vampiro de Curitiba – Dalton Trevisan
Os sertões – Euclides da Cunha
Encontro marcado – Fernando Sabino
A obscena Senhora D – Hilda Hilst
Não verás país nenhum – Ignácio de Loyola Brandão
O grande sertão: Veredas – João Guimarães Rosa
Sagarana – João Guimarães Rosa
Gabriela, cravo e canela – Jorge Amado
O coronel e o lobisomem – José Cândido de Carvalho
Triste fim de Policarpo Quaresma – Lima Barreto
Dom Casmurro – Machado de Assis
Vestido de noiva – Nelson Rodrigues
O quinze – Rachel de Queiroz
Fantasia:

Senhor dos Anéis (3 tomos) – J.R.R. Tolkien
O nome do vento – Patrick Rothfuss
Contos de fadas
Ficção Científica:

Laranja mecânica – Anthony Burgess
2001: uma odisseia no espaço – Arthur C. Clarke
Encontro com Rama – Arthur C. Clark
Contato – Carl Sagan
O guia do mochileiro das galáxias (5 livros) – Douglas Adams
A guerra dos mundos – H.G. Wells
A máquina do tempo – H.G. Wells
Eu, robô – Isaac Asimov
A ilha misteriosa – Júlio Verne
Viagem ao centro da Terra – Júlio Verne
Frankenstein – Mary Shelley
Snow crash – Neal Stephenson
Ender’s game – Orson Scott Card
Crônicas Marcianas – Ray Bradbury
Um Cântico para Leibowitz – Walter M. Miller Jr.
Quadrinhos:

V de vingança – Alan Moore
Do Inferno – Alan Moore
Y: o último homem – Brian K. Vaughan
Sin City – Frank Miller
Preacher – Garth Ennis
Sandman – Neil Gaiman

Ler dois livros ao mesmo tempo exercita o cérebro?



Parece ser uma coisa complicada ou impossível, mas existem pessoas que conseguem ler mais de uma obra simultaneamente e lembrar de todos os enredos.


Estudos afirmam que esse hábito força o nosso cérebro a lembrar de mais coisas e abrir espaço para mais memórias, além de aguçar a concentração. Outras pessoas afirmam que ler vários livros ao mesmo fazem com que o livro fique menos chato, e a vontade de terminá-lo aumente. Outros escolhem assim para caso não gostem do livro ou queiram saber de uma parte específica não precisem ficar presos a ele. O cérebro é um músculo, e fazer de tudo para exercitá-lo o tornará mais forte.



Alguns #Livros podem ser muito extensos ou difíceis de ler, então há a necessidade de leituras alternativas para dar uma “relaxa”. No começo será difícil, mas com o tempo você poderá ter concentração para fazer várias coisas ao mesmo tempo. Tente ler em horários específicos, para assim você criar uma rotina e se adaptar mais fácil.



Porém, se você aposta na prática para ler mais livros em menos tempo, saiba que poderá estar se cansando em vão, pois o tempo para ler ambos seria o mesmo caso fosse lê-los separadamente ou até maior, pois enquanto se acostuma, terá que voltar em algumas partes pois o risco de esquecimento é maior. Outras pessoas afirmam que desse modo acabam perdendo o foco e confundindo os personagens mesmo depois de algum tempo, ou não possuem muito tempo disponível para isso. Também corre o risco de abandonar um dos dois, sejam os temas iguais ou diferentes, pois haveria comparação.



Ainda há um terceiro grupo, que preferem reler um livro no mesmo instante em que começam um inédito, assim movimentam a prateleira e não deixam seus velhos amigos empoeirados.



Independente de ser um ou 5 livros, a #leitura deve ser fundamental e recorrente no dia a dia, pois trás vários benefícios: estímulo da criatividade, relaxa a mente, absorção de conhecimento e informação, etc. Atualmente, 44% da população brasileira não lê e 30% nunca comprou um livro, lendo apenas de 4 á 5 livros no ano. #Cultura.

Fonte: http://bit.ly/2hsRl7t

Menino de 7 anos lê 88 livros em 2016: ‘a gente conhece um novo mundo’




Um menino de 7 anos, morador de Palmas, conseguiu ler 88 livros só este ano. Carlos Eduardo, o Cadu, como gosta de ser chamado, lê desde os quatro anos. O amor pelos livros nasceu dentro de casa, já que a mãe Dark Luzia dos Santos também é apaixonada pela leitura. (Veja o vídeo)


“A gente pode rir de novas piadas, tem novas aventuras. A gente conhece um novo mundo na leitura”, diz o menino.



No decorrer do ano, a mãe anotou todas as obras lidas pelo filho. Ao final, ela se impressionou com a quantidade.



“O objetivo não era contabilizar os livros, não tínhamos esse interesse. A escola cobrava uma ficha literária, que eu fui preenchendo. Quando eu me assustei já tinham seis fichas preenchidas. Eu fui contar aí fui entender que ele tinha lido esse tanto de livro”, relatou Dark.



De tanto se dedicar, Cadu decidiu que era hora de colocar as próprias ideias no papel. Ele já escreveu quatro livros. Por enquanto, é só um esboço. “Minha mãe teve a ideia de eu escrever livros. Eu me inspirei e gostei da ideia”.



Apesar de as histórias do filho ainda não terem sido publicadas, a mãe comemora o avanço. “Muito orgulhosa porque quando eu tinha o dobro da idade dele, eu fiz um livro de poesia. Eu tinha o sonho de escrever e acabei não desenvolvendo isso. Vendo o Carlos Eduardo, para mim é como se eu estivesse me realizando”.



Longe de chegar à faculdade, Cadu já sabe o que quer para o futuro. “[Quero ser] doutor e pastor. Doutor em tirar nenem da barriga. Escritor eu já sou”, conclui sorrindo.


Assista ao vídeo da reportagem neste link.

Booktubers: os canais literários e uma nova forma de conhecer literatura

O YouTube é uma plataforma de vídeos que consegue ser ao mesmo tempo um caminho para o aprendizado e, também, uma forma de entretenimento. É possível acessar receitas, tutoriais de maquiagem, vídeos aulas preparatórias para concursos e pré-vestibulares e já há algum tempo, para conhecer novidades literárias, além de obter opiniões sobre livros canônicos (grandes clássicos) ou não, mas que estejam na lista dos mais vendidos ou que tenham ganhado adaptação para um filme e tantas outras opções que fariam um leitor buscar opiniões antes de iniciar uma leitura.

Pesquisar sobre livros e literatura no YouTube não é algo recente, pelo menos não o é se for pensado a época em que os chamados booktubers surgiram. Booktubers são as pessoas que fazem crítica literária pelo Youtube. Entretanto, a plataforma de vídeos começa a receber mais adesão dos apaixonados por literatura. A youtuber Mellory Ferraz criou o canal Literature-se, o qual já tem mais de 48 mil inscritos. Ela criou o canal em 2010 com o intuito de se aproximar dos leitores do site que tinha até então.

“Acredito nesta proximidade que um vídeo traz, principalmente se comparado ao formato das postagens escritas, que ficam apenas no escrito mesmo, no máximo com suporte para fotos”, diz Mellory Ferraz.

Isabella Tramontina, idealizadora e criadora no canal Livrisa, fez sua estreia no Youtube este ano e já conta com mais de dois mil inscritos. Isabella ainda reforça o interesse crescente na criação de canais no YouTube. “As pessoas têm muita vontade em criar um canal, até mesmo crianças”, conta ela.

Nesse ínterim, contando com o aumento da adesão de canais literários para consulta de dicas de leituras, ambas as booktubers enfatizam o instrumento como sendo um atrativo aos leitores em razão de ser mais dinâmico, além de conseguir, através da informalidade de um vídeo, conversar, inclusive, sobre livros da literatura canônica.

“A informalidade, que creio ser o diferencial aqui (canais literários), pode atrair não apenas jovens leitores, mas o leitor no geral, e isto é incrível! Costumo dizer que é como uma conversa entre amigos”, conta Mellory Ferraz.

É importante salientar a influência que tais canais podem ter para leitores se inspirarem e criarem seus próprios canais literários. Para Isabella Tramontina, os booktubers que ela sempre acompanhava serviram como experiência e um divisor de águas, inclusive, funcionando como um intensificador de sua relação com livros.

Quanto ao conteúdo, ambas booktubers tratam a respeito de livros canônicos, mas é devido a informalidade e proximidade de comunicação, que tratar desses livros – muitas vezes considerados enfadonhos ou difíceis entre os adolescentes – não se torna um desafio desgastante, pelo contrário, essa atitude pode chegar a diminuir a distância entre livro e leitor.

“Tira o livro do pedestal e mostra pela língua informal que é possível tornar o livro e a leitura uma diversão e não em algo temido”, relata Isabella Tramontina. Mais do que apenas diminuir distâncias é aumentar o incentivo em ler clássicos. “É lindo saber que outras pessoas leem mais clássicos, inclusive perdendo o medo deles, porque eu postei um vídeo ou um texto no site dizendo que recomendo a leitura. É gratificante, e se tornou o maior retorno que tenho com o Literature-se”, conta Mellory Ferraz.

E é justamente por tratar de literatura canônica que jovens, hoje em dia, aumentam as buscas por resenhas literárias em canais de booktubers, fugindo assim da antiga forma de pesquisar resenhas em sites e blogs, onde era possível somente ter subsídios muito objetivos sobre a história. Esses sites não cativam os jovens leitores.

“As resenhas na internet não desenvolvem o senso crítico, fica tudo na mesma coisa. No YouTube a gente dá margem a produção de sentidos”, diz Isabella. Ademais, é uma forma de adquirir informação muito rapidamente quando a rotina é agitada. “Creio que este tipo de procura está crescendo. É natural as pessoas buscarem as informações através de vídeo por eles serem mais acessíveis e cativantes, além de práticos”, conta Mellory.

Importante ainda mencionar que o YouTube preenche o tempo livre e pode vir a funcionar como uma programação de TV. Isabella Tramontina cita a respeito dos canais semanais, com horários que os vídeos são postados, já deixando os inscritos preparados e instigando eles a seguirem a programação.

Em meio a isso tudo, tratar de livros não canônicos é, também, ponto fundamental em qualquer canal literário. Cada booktuber tem seu gosto literário e gêneros que mais lhe agradam. No canal Literature-se, Mellory reforça as discussões sobre os chamados livros jovens, incluídos no gênero infanto-juvenil, mas também faz questão de falar sobre literatura no geral, influenciando leitores já assíduos ou contribuindo para que pouco a pouco alguns deles instiguem em si mesmos o hábito de ler.

Já Isabella preza muito os livros que comovam os leitores, engrandecendo as pessoas e criando sensibilidade nelas. “Penso na oportunidade que o leitor pode ter em pensar nas atitudes (…) fazer de nós uma pessoa melhor, reconhecer no livro uma chance de refletir, de modificar”, diz ela. Isabella ainda destaca o fato de que dá preferência aos livros que façam as pessoas, incluindo ela própria, saírem de suas ‘zonas de conforto’.

Isabella ainda complementa toda a questão sobre a necessidade de haver nas escolas, dentro das salas de aulas, debates a respeito de caminhos possíveis para conhecer mais a respeito de algum livro. Ademais, discutir como a leitura enriquece o ser humano, pois “cada pessoa descobre o que gosta de ler criando um interesse”, diz ela.

A gratificação para Mellory e Isabella é o reconhecimento que recebem dos inscritos nos canais. São jovens que nem sempre têm hábito de leitura, mas que valorizam o bom conteúdo e percebem como os canais literários são a nova forma de entrar em contato com a literatura. “Mas se tem uma coisa que me deixa feliz é receber depoimentos nos comentários sobre pessoas que caíram de paraquedas no canal, como algum aluno de ensino médio procurando por alguém que fale sobre o livro que foi obrigado a ler, mas que não estava conseguindo e, por conta de um vídeo meu, teve incentivo para seguir adiante”, diz Mellory Ferraz.

Fonte: http://bit.ly/2fLxK5v

Quais são os países mais leitores do mundo?

Os benefícios de ler são múltiplos e comprovados. Estimula a criatividade, enriquece o mapa referencial, reforça processos cognitivos, por exemplo, afinando a memória. Em um plano coletivo, uma sociedade que lê mais, é uma sociedade menos vulnerável, mais inventiva e inclusive seu senso comum é menos medíocre. E neste sentido, e de forma paralela a uma luta cívica e a exigências como a transparência de prestação de contas de seus governos e a regulação de suas elites, acho que o melhor que uma população poderia fazer é tentar a leitura.

Há algumas semanas a Market Research World publicou o Índice de Cultura Mundial, ranking que refere a relação de diversos países, ou melhor dito de sua população, com diferentes hábitos culturais, entre eles a leitura. E ao revisar este último quesito, os países que encabeçam o hábito de ler é verdadeiramente surpreendente. Suponho que, assim como eu, a maioria de nós pensaria que os países mais leitores do mundo seriam os escandinavos, Japão, talvez Alemanha, mas a verdade é que, ao menos de acordo com este relatório, em realidade é nos países asiáticos onde as pessoas se entregam mais a esta proveitosa prática.



O país que mais lê no mundo é a Índia e ocupa essa distinção desde 2005. Os indianos dedicam, em média, 10 horas e 42 minutos semanais para ler. Os seguintes três postos também são ocupados por países da Ásia, Tailândia, China e Filipinas, enquanto o quinto é, notavelmente, o Egito. Posteriormente vem a nação européia melhor localizada, República Tcheca, seguida da Rússia, Suécia empatada com a França, e depois Hungria empatada com a Arábia Saudita. Quanto a América Latina, o país mais leitor é a Venezuela, no 14º lugar, e depois vêm a Argentina (18º), México (25º) e Brasil (27º) com médias de leitura que rondam menos da metade de tempo que dedicam na Índia.




Chama a atenção que as duas economias com maior potencial, China e Índia, estejam acompanhando com educação seu crescimento explosivo na indústria, mercado e outros. Isto sugere que seu desenvolvimento não só responde ao fato de serem por muito as duas maiores populações do planeta, senão que também a uma verdadeira inteligência e estratégia. Por outro lado, não deixa de ser lamentável confirmar um indício a mais de que os latino-americanos, diferente dos asiáticos, estejamos ainda longe da maturidade necessária para, eventualmente, tomar o relevo de mãos da Europa e Estados Unidos, à cabeça do desenvolvimento econômico e cultural.




Enfim, talvez o fato de estar entre os países que mais tempo dedicam à leitura não assegure a sua população um melhor futuro de acordo às variáveis macroeconômicas ou de progresso, e nem sequer para os padrões de civismo ou felicidade, mas ao menos me parece que é um valioso indicador de maturidade, e sem dúvida, permite a construção de um panorama mais rico e interessante, algo que mais cedo ou mais tarde se materializará em melhores condições de vida.




Enquanto isso vamos ter a copa mais cara de todos os tempos nos estádios mais caros do mundo, algo que mais cedo ou mais tarde se materializará em uma quebradeira geral.









Há 

Como a leitura impacta o desenvolvimento da linguagem das crianças





A construção das habilidades de linguagem começa ainda na primeira infância, quando as conexões cerebrais são mais propícias ao aprendizado. Por isso, os adultos que leem para seus filhos têm papel fundamental no desenvolvimento destas capacidades. A leitura de histórias contribui para a ampliação do vocabulário, para a formação da consciência fonológica e para a identificação de letras e palavras.

Há evidências de que, desde os 14 meses, os bebês cujos pais ou responsáveis realizam atividades de leitura já têm melhor desenvolvimento da linguagem. Desde a 25ª semana na barriga, ele já é capaz de ouvir e diferenciar sons.

Desde que nascem, e especialmente dos 0 aos 6 anos, as crianças se colocam em posição de escuta, e os adultos conseguem perceber que elas estão construindo significados e adquirindo habilidades relacionadas à linguagem. 

“O bebê consegue identificar que existe um ritmo diferente quando você faz uma leitura, quando você canta. Por isso que se fala em como os bebês reconhecem cantigas que as mães cantam quando ele está na barriga. Desde aí, a leitura já é importante”, afirma Cláudia Sintoni, coordenadora de Mobilização Social da Fundação Itaú Social.

Aprendizado

Além disso, os benefícios de ler para as crianças vão acompanhá-las durante a futura vida escolar, com possível melhora nas habilidades de leitura e de compreensão de texto no ensino fundamental. A criança identifica o significado das palavras, e aos poucos amplia seu vocabulário. Por isso, o processo de leitura parental tem impacto na alfabetização.

“É importante que isso seja constante, que a gente realmente crie o hábito de ler. Quando a criança entra na escola, muitos pais param um pouco com essa rotina de ler em casa, e pode ser que ela perca aquilo que ela adquiriu. Existem estudos que falam que você precisa ter uma constância, uma permanência no hábito da leitura”, explica Cláudia.

Fonte: http://bit.ly/2f1z9Do

Professora cria projeto para debater questões de gênero em escola de SP



Por que, nas escolas, as filas são separadas entre meninos e meninas? E por que é ‘natural’ que, nas aulas de educação física, as meninas joguem vôlei, enquanto os meninos jogam futebol?

Refletindo sobre questões como essas, Mayla Rosa Rodrigues, professora da Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Frei Francisco Mont’Alverne, na Vila Domitila, zona leste de São Paulo, percebeu como a escola costuma reforçar práticas desiguais que acontecem na sociedade.

“Os meninos são muito mais incentivados a desenvolver atividades físicas e muito mais elogiados pelo seu desenvolvimento em matérias como matemática, enquanto as meninas brincam de como “ser mamãe” e são mais incentivadas a se desenvolver em matérias linguísticas”, conta a professora.

A partir disso, Mayla passou a analisar com um olhar mais crítico os livros didáticos e livros de literatura infantil –e encontrou neles também uma repetição de estereótipos, “seja quando apresentam meninas apenas como ajudantes dos meninos cientistas ou quando deixam de mostrar meninas negras”.

Mulheres na História

Mayla resolveu, então, criar o projeto “Mulheres na História”, onde são debatidos estereótipos de comportamento, sejam eles de gênero, raciais, sexuais ou de classe. Para isso, os principais mecanismos que são utilizados com uma turma de alunos do 4º ano são a pesquisa e as leituras biográficas de mulheres.

“As crianças estão pesquisando mulheres que fizeram parte da nossa história e que são frequentemente apagadas e silenciadas. Por exemplo, muitos sabem quem foi Martin Luther King, mas poucos conhecem [a ativista negra norte-americana] Rosa Parks”, explica Mayla.

Para a professora, é papel da escola desconstruir a ideia de que apenas os homens constroem e transformam a história. “Quando mulheres são apresentadas apenas como coadjuvantes, elas passam a acreditar que essa é sua única possibilidade”, afirma.

Entre as mulheres que os alunos já estudaram, estão Aqualtune, grande símbolo de resistência negra e avó de Zumbi dos Palmares; Jackie Joyner-Kersee, atleta americana de destaque no heptatlo e no salto a distância; e Maria da Penha, líder brasileira de movimentos em defesa dos direitos da mulher e que inspirou a criação da lei homônima que completa uma década este ano.

Mudanças no comportamento

Mayla, que se considera feminista, conta que para ela as desigualdades de gênero sempre foram motivo de inquietação. “Fui criada pela minha mãe com mais duas irmãs e, toda vez que alguém via minha casa minimamente bagunçada, o comentário era imediato: ‘como uma casa com tanta mulher pode ser bagunçada?’. Aquilo me incomodava muito”, lembra.

É justamente essa visão de mundo que a professora busca ampliar, além de não limitar o potencial das crianças em “caixinhas” de coisas destinadas apenas para meninas ou para meninos. Com a realização do projeto, ela diz que a mudança no comportamento das crianças é nítida.

“Os conflitos que enfrentávamos no início do ano estão quase extintos, pois as crianças passaram a se respeitar mais, a entender o limite do outro e a ouvir o ‘não’ do colega. Além disso, como todas as crianças se sentem ouvidas, o interesse delas em sala de aula aumentou consideravelmente.”

Autonomia e pensamento crítico

Outro reflexo do projeto é um maior desenvolvimento da autonomia das crianças, que não esperam mais que apenas a professora traga leituras ou diga a elas o que escrever. “Elas me trazem notícias que querem discutir em sala ou livros que gostariam que eu lesse para todos e criticam filmes e livros que não tenham personagens negros”, explica Mayla.

Apesar de o projeto ter sido desenvolvido por iniciativa própria, a professora ressalta a importância do suporte da escola. “Desde que comecei a desenvolver o projeto em sala, recebi apoio da equipe gestora, além de muitos elogios”, afirma.
Escola sem Partido

Para Mayla, “todo profissional da educação deveria ter autonomia em sala de aula” – uma ideia que bate de frente com o programa “Escola sem Partido”, que condena uma suposta doutrinação ideológica no ensino.

“Quando defensores do programa dizem que os professores não são isentos de ideologia e, por isso, vão ensinar às crianças o que se deve pensar, ignoram que elas não são sujeitos sem capacidade de crítica”, explica.

A professora ainda diz que a escola é um espaço onde o direito de aprendizagem da criança e a pluralidade de ideias e de concepções devem ser mantidos. “Há a necessidade urgente de se pensar em práticas inclusivas, que considerem as diferenças e a diversidade de opiniões sem demonizá-las, nunca o contrário”.

Explore o vasto (e quase escondido) acervo de audiolivros do Spotify


Nem só de música vive o Spotify. Caso você já tenha tirado alguns minutos para explorar as várias categorias do serviço de streaming de áudio, é possível que já tenha esbarrado, por exemplo, no gênero Comedy/Comédia, que reúne quadros de stand-up de grandes comediantes e até playlists com piadas curtas. Mas é bem provável que você ainda não saiba que, em meio ao vasto acervo do serviço, estão disponíveis obras literárias integrais na língua inglesa – um achado para quem quer treinar a proficiência na língua estrangeira ou para quem já tem o hábito de consumir audiolivros.

Parte do conteúdo em áudio está reunido no gênero Word – “Palavra”, em português, que também aparece no serviço com o nome “Do Mundo” – e pode ser acessado através do navegador clicando aqui ou através do aplicativo para celular e desktop digitando na busca spotify:genre:word. São, ao todo, 30 playlists com diferentes conteúdos, que incluem contos de fadas e fábulas, histórias de terror (que vão desde contos de Edgar Allan Poe até narrações do mestre do suspense Alfred Hitchcock), histórias de ação e aventura (com clássicos como Os três mosqueteiros, de Alexandre Dumas, e Moby Dick, de Herman Melville), literatura escrita por mulheres (que inclui Mrs. Dalloway, romance de Virginia Woolf), uma coletânea de escritos das irmãs Brontë (com os clássicos Jane Eyre e Morro dos Ventos Uivantes) e até mesmo um guia hipster de poesias.

O que torna o conteúdo ainda mais interessante é que ele permite ouvir as palavras na voz dos próprios autores. É o poeta Allen Ginsberg, por exemplo, quem lê o seu poema Howl/Uivo, considerado um dos grandes escritos da Geração Beat – também representada na voz do autor de On the Road, Jack Kerouac. Há também por lá diversas leituras do escritor James Joyce de suas obras de peso, como Ulisses. É possível também conhecer os grandes poemas de Sylvia Plath e Gertrude Stein nas vozes das autoras.

Quem estiver interessado em garimpar, pode encontrar no Spotify muito mais opções de conteúdo literário, desde audiolivros até palestras e falas de grandes autores e autoras – Open Culture listou 75 boas opções . É possível encontrar por lá até mesmo a famosa transmissão radiofônica de Guerra dos Mundos, de H. G. Wells, feita por Orson Welles (diretor de Cidadão Kane), que teria causado pânico entre os ouvintes desavisados que pensaram se tratar de um boletim de notícias real sobre uma invasão alienígena.

A disponibilização do conteúdo literário em áudio está alinhada a uma tendência mundial, apesar do formato ainda não ter pegado no Brasil. Enquanto editoras lidam com a queda nas vendas de livros em mídia impressa e digital, o mercado de audiolivros apresenta crescimento – nos Estados Unidos, o número de downloads cresceu 38,1% em 2015, segundo a Association of American Publishers. O Audible, plataforma de audiolivros da Amazon que oferece conteúdo através de uma assinatura mensal, tem apresentado crescimento anual de 40% por ano. Em 2015, os assinantes ouviram 1,6 bilhões de horas de conteúdo (em 2014, foram 1,2 bilhões). O serviço conta com livros em 37 idiomas, mas o acervo em português ainda é tímido – são cerca de 100 títulos até o momento.

Menino de 12 anos lança segunda obra de finanças



Uma mente brilhante. Não seia demais dizer isso de Érico Metzner, um dos mais jovens escritores brasileiros, que com apenas 12 anos de idade já tem a façanha de lançar seu segundo livro, e não escolheu uma das livrarias da sua cidade, Cuiabá, para o lançamento, a ousadia foi ainda maior, e foi na Bienal Internacional do Livro em SP, que mostrou ao público seu "Din-Din", um livro que possui um formato lúdico, e que pode ser utilizado como jogo, indicado para crianças a partir de 8 anos e famílias que querem fortalecer os conceitos de finanças e aprender sobre dinheiro.



O primeiro livro de Érico Metzner, "Como conquistar seu próprio dinheiro", foi lançado em 27/11/2015 e já está na segunda edição, com o depoimento de Gustavo Cerbasi, um dos maiores escritores do gênero de livros com foco em finanças: “Fiquei fascinado com o trabalho do Erico, uma honra tê-lo conhecido pessoalmente. Jovem e consciente das oportunidades e de sua missão, é um dos melhores exemplos da nova geração e rompe com modelos educacionais limitantes e que acredita que um futuro melhor não depende de ninguém a não ser deles mesmos”.
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O jovem escritor diz que a experiência de participar da Bienal do Livro foi fantástica, por ter acesso a uma enorme quantidade de livros e conversar com diversos autores. “Na Bienal além de expor, comprei diversos livros, mais de 7.000 páginas”. “Em leitura eu não economizo,” diz o pequeno escritor de finanças pessoais.

Eliane Jaqueline conta que desde pequeno, ensinou seu filho a fazer escolhas. No supermercado, ele podia escolher um item adicional por vez. Mesmo tendo condições, dar tudo a um filho pode atrapalhar o seu desenvolvimento emocional. Fazer escolhas desde cedo possibilita à criança um entendimento maior do mundo, e que ela é parte integrante e não o seu centro. Com relação a dinheiro, não é porque tem que ele deve ser gasto. O conceito de consumo consciente ajuda a criança a tomar estas pequenas decisões.

Quando Érico tinha seis anos, Jaqueline conta que ele passou a receber dela e do seu marido a "semanada" ao inves de comprarem ao filho adicionais a ele, como sorvete, lanche do domingo, cinema, etc.. encontraram uma alternativa de educá-lo. Com isso, ele aprendeu a escolher entre usar agora ou guardar para adquirir coisas melhores depois. Jaqueline conta que o filho erroi por algumas vezes, mas depois aprendeu a encontrar o equilíbrio: usar um pouco e guardar um pouco, colocando como objetivo sonhos maiores. Com isso, aliado a outras estratégias que ele conta no livro, ele conseguiu comprar um celular, tablet, TV e videogame. "Como mãe, incentivei meu filho a contar a sua história em livro, para incentivar outras crianças e adolescentes a buscarem os seus sonhos, a serem proativos e contribuir para um mundo melhor e mais consciente. Em meu papel de mãe, incentivo e apóio. Meu desejo é que ele seja feliz com suas escolhas".

Para Jaqueline ter participado da Bienal foi emocionante, viu seu filho brilhar e isso foi o maior presente que ela poderia receber. Vale destacar que a Bienal Internacional do Livro em São Paulo, aconteceu de 26 de agosto a 4 de setembro e reuniu mais de 700 mil pessoas, em um espaço de aproximadamente 60 mil metros quadrados. Cerca de 480 expositores apresentaram os principais lançamentos do país. E foi muito orgulho ter um jovem escritor mato-grossense, em meio a tamanha efervescência da literatura.

Fonte: http://bit.ly/2dxw6TV

Desempregado, professor de história dá aulas em ônibus



Um professor começou a fazer sucesso na internet depois que uma passageira divulgou um relato sobre a experiência que teve ao receber sua aula de história, realizada dentro de um ônibus em Belém, no Pará. O rapaz, Eduardo Veras, possui até canal no YouTube com os registros de algumas das aulas divulgadas desde março de 2016.
No relato, a mulher, identificada como Alexandra Abdon, fala que o professor está desempregado e compartilha com os passageiros seu sonho de fazer mestrado e ensinar em universidades. Eduardo distribui resumos para que os passageiros possam acompanhar as aulas, recolhidos ao final, com qualquer contribuição, caso alguém queira ajudá-lo.

                           


“Eu acredito que a Educação pode salvar o nosso País. E é por isso que quando vejo esse tipo de coisa, não consigo fazer vista grossa. O Professor Eduardo Veras é mais um desempregado, mais um sem oportunidade, mais um que poderia optar em nos assaltar no coletivo, ao invés de nos dar aula. Mas ele preferiu fazer o que melhor sabe: ENSINAR. E de uma forma maravilhosamente didática”, disse Alexandra em seu Facebook, em postagem que começou a ser compartilhada por internautas de todo o Brasil em menos de 24 horas.
Eduardo mantém um canal no YouTube, com poucas postagens. Entre as metas estabelecidas por ele, está a de chegar a 1 milhão de visualizações um dia.

Acompanhe o post:

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Estava eu em mais um dia normal em minha vida, saindo do estágio e indo de busão para casa almoçar. Não esperava que nada me surpreendesse, até entrar um rapaz dentro do ônibus, com uma mochila nas costas.

Logo pensei: é apenas mais um do Vasos de Honra, ou um vendedor chato que pede "um minutinho da nossa atenção" gritando. É mais um que por falta de opção, optou por ganhar seu dinheirinho no fim do dia vendendo crokíssimos, jujubas, pipocas, pastilhas ice kiss e mentos. Mas não era.
Era um rapaz branco, de estatura mediana, loiro dos olhos azuis, aparentava ter uns 27-30 anos. Porém esse não era o mais importante. As surpresas começaram quando ele distribuiu um certo papel para todos os passageiros (inclusive eu).
Não era um pedido de ajuda para arrecadar dinheiro ou doações. Era um papel ilustrativo sobre o Descobrimento da América, o Tratado de Tordesilhas... ERA ASSUNTO DE HISTÓRIA. Isso mesmo, HISTÓRIA.
Foi então que ele se colocou à frente do coletivo para apresentar o seu trabalho, e disse com as seguintes textuais: "Meu trabalho é dar aula de História dentro do coletivo. A história que pode te ajudar no Enem, a história que pode te ajudar no Concurso Público, que pode te ajudar na leitura de um livro (...)" ele também disse que o papel ilustrativo não estava à venda, pois era apenas para acompanhar a aula. E quem, no final, pudesse ajudar com qualquer valor simbólico, ficaria muito agradecido.
Então começou a aula.
Confesso que há anos fazendo Faculdade de Direito, fazia muito tempo que eu não ouvia mais falar em Cristóvão Colombo, aquele grande Navegador e Explorador que queria chegar nas Índias e por engano descobriu a América. Ele também ao entrar nos coletivos, fala sobre o Feudalismo.
Fiquei impressionada e ao mesmo tempo muito feliz, por isso não hesitei em dar minha contribuição. E antes de que terminasse a "aula", já havia separado o meu trocadinho.
Ao final, o rapaz então se apresentou. Chama-se Eduardo Veras, e ele é PROFESSOR DE HISTÓRIA. Isso mesmo, PROFESSOR. Um professor cheio de sonhos. Ele disse que o seu maior sonho era fazer o Mestrado e ser Professor Universitário. Disse também que possui vídeos no YouTube, e seu objetivo era chegar a um milhão de visualizações. E no final, deixou a seguinte frase: "Hoje a lagarta que rasteja no chão, amanhã é a borboleta que voa no céu. Acredito em meus sonhos e objetivos, e sei que um dia chegarei lá!"
Eu precisava compartilhar isso com vocês, pois achei simplesmente sensacional!!! Eu acredito que a Educação pode salvar o nosso País. E é por isso que quando vejo esse tipo de coisa, não consigo fazer vista grossa. O Professor Eduardo Veras é mais um desempregado, mais um sem oportunidade, mais um que poderia optar em nos assaltar no coletivo, ao invés de nos dar aula. Mas ele preferiu fazer o que melhor sabe: ENSINAR. E de uma forma maravilhosamente didática.
Conheçam o Professor Eduardo Veras:

Vamos aumentar as visualizações dos vídeos dele no YouTube? Se puderem, se inscrevam no canal também:
A Educação é o melhor caminho. 
OBRIGADA PELA AULA, PROFESSOR!

Belém/PA, em 25 de agosto de 2016.