Feliz Aniversário!!!

Quinta-feira de festa para a colaboradora  Aline. Ela recebe os mais sinceros votos de felicidade e sucesso de todo o time da Biblioteca Central ESPM.

Clique na foto abaixo e visite o álbum.

Lygia Fagundes Telles completa 88 anos

Nascida em 19 de abril de 1923, Lygia completa 88 anos, e suas obras continuam a gerar comentários, agrados e outras histórias. Conhecer sua literatura é dar de cara com personagens interessantes, misteriosos, viscerais. Há toda uma construção na literatura da prestigiada escritora, que usa e abusa das vozes, do pensamento alto e da confusão.

"Ciranda de Pedra" é seu primeiro romance (já havia publicado livros de contos anteriormente), lançado em 1954, e causando espanto em alguns críticos, pela solidez das ideias de uma moça, que nem sequer era professora ou jornalista, mas sim advogada. Formou-se na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, e nunca largou a profissão, tendo se aposentado como procuradora no Instituto de Previdência do Estado de São Paulo.

Na década de 70, o livro de contos "Antes do Baile Verde" é premiado na França, e Lygia apresenta seu terceiro romance "As Meninas", uma das obras mais conhecidas de sua carreira, que narra os desencontros de três garotas durante a ditadura militar.

Lygia é uma escritora engajada e vive a questão do terceiro mundo, buscando em suas obras tocar nos assuntos mesmo que de forma suave ou mascarada, contudo, sem esconder a realidade da cena de seu país.

A produção literária não cessa, e ao longo das décadas seguintes acumula os mais diversos méritos, a consagrá-la, definitivamente, em 2005 com o prêmio Camões, o mais prestigiado da língua portuguesa, pelo conjunto da obra.

Obras da autora no acervo da Biblioteca Central – ESPM

Ciranda de pedra. São Paulo : Martins, 1964.
Conspiração de nuvens. Rio de Janeiro : Rocco, 2007.
A disciplina do amor. Rio de Janeiro : Nova Fronteira, 1980.
A estrutura da bolha de sabão e Quatro miniaturas. São Paulo : PUC-SP, 1997.
As meninas. Rio de Janeiro : J. Olympio, 1974.
Seminário dos ratos. Rio de Janeiro : Nova Fronteira, 1984.
Venha ver o pôr-do-sol & outros contos. São Paulo : Ática, 1991.
Verão no aquário. Rio de Janeiro/São Paulo : Record, 1997.


Assista a Trechos do documentário "Lygia Fagundes Telles - A Inventora de Memórias", episódio da série "Mestres da Literatura", realizada para a TV Escola.







Série Saiba Tudo Sobre / Como Utilizar a Biblioteca

Muitas vezes você pode sentir-se perdido em uma  biblioteca, em meio a tantos livros, estantes, periódicos, tantos serviços oferecidos. Como encontrar o livro desejado? Como é a organização dos livros nas estantes?

Não entre em pânico.  Além da  orientação de um colaborador, você também tem à sua disposição a Série “Saiba Tudo sobre / Como Utilizar a Biblioteca” que foi criada especialmente para que os nossos usuários tenham orientação correta quanto à utilização dos serviços e produtos da Biblioteca da ESPM.

Textos elaborados na forma de diálogo, com perguntas e respostas que esclarecem, de maneira geral, as dúvidas mais frequentes sobre a utilização dos nossos serviços.

São 3 folders com diferentes temas que podem ser retirados nas Bibliotecas Central e Pós e há também a versão online no portal da ESPM que pode ser acessado clicando aqui.



Estamos, ao seu dispor para mais informações e sugestões.

Fica também o convite para uma visita orientada na Biblioteca para conhecer todos os produtos e serviços e como utilizá-los. Agende a sua visita pelos telefones: 5085-4573/4554 ou pelo e-mail: bibliotecacentral@espm.br


Equipe da Biblioteca da ESPM

Bibliotecas particulares têm instituições públicas como destino

Universidades recebem doações de acervos privados de livros

Foto: Jorge Rosenberg/iG
O advogado Ives Gandra em sua biblioteca: acervo de aproximados 30 mil livros já tem destino definido


Diferentemente do que ocorre normalmente com coleções de carros,de selos e até de obras de arte, cujas peças acabam passando pelas mãos de diversos colecionadores e raramente saem da esfera privada, as bibliotecas particulares, após anos de permanência com seus proprietários, muitas vezes são doadas para instituições que permitem a consulta pública de seus catálogos.

Foi o que ocorreu com os acervos particulares do bibliófilo José Mindlin (1914-2010), cuja biblioteca será inaugurada pela Universidade de São Paulo (USP) em 25 de janeiro de 2012, e do colecionador Delfim Netto, que entregou em fevereiro 250 mil exemplares à Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA), também da USP.

"O professor Delfim levantou questões sobre como seria a atualização desse acervo, o acesso ao público. Ele se preocupa com a preservação desta biblioteca e, como pesquisa e lê muito dentro dela, separamos um espaço para que ele continue utilizando-a aqui na FEA. É o mínimo que podemos dar em contra partida", explica Dulcineia Dilva Jacomini, diretora da biblioteca da FEA.

Assim como ocorreu com Delfim Netto, a preocupação com o destino de suas bibliotecas é comum entre colecionadores e bibliófilos. Se o ato de colecionar livros nasce de uma admiração pessoal por publicações e ganha corpo com o empenho da pessoa em adquirir obras, é quase certo que com o passar dos anos os livros de um acervo contemplem alguma instituição.

"Eu não creio que seja a questão de compartilhar. Não gostaria de compartilhar a minha biblioteca. Mas aí você pensa: 'Será que vou morrer e isso será vendido para um sebo?'. E essa preocupação, em saber que tudo aquilo possa se esfacelar, acaba dando uma destinação para a biblioteca", afirma José Salles Neto, presidente da Confraria dos Bibliófilos do Brasil.

De acordo com ele, proprietário de um acervo de 20 mil livros cujo destino ainda é incerto, essa é uma das questões comuns aos bibliófilos. Outra é a promessa de conseguir ler as obras que adquire. "Quando você começa a juntar livros, passa a ser mais importante ter o livro do que ler - mas a promessa existe. Perguntei certa vez ao doutor Mindlin como resolver isso e ele disse que não existe uma resposta, pois se trata de um ponto complicado da bibliofilia."

Dono de uma biblioteca de aproximados 30 mil exemplares, o advogado Ives Gandra Martins pode não ter lido todo o seu acervo, dividido em três locais distintos - uma parte na cidade de Jaguariúna e as outras duas em São Paulo, em sua residência e no escritório -, mas o conhece em sua totalidade. "Não tenho boa memória, mas tenho uma memória específica para isso", conta, animado.

Dividida em 16 setores, que compreendem assuntos como história, filosofia, literatura e direito, a biblioteca do jurista, que começou a se formar quando ele tinha 13 anos, já tem destino certo: será doada ao Instituto Internacional de Ciências Sociais, em São Paulo, de onde é presidente emérito. "Minha mulher e meus três filhos já têm conhecimento. No momento estamos terminando o prédio, que terá 2.500 metros quadrados."

Quando questionado sobre raridades do acervo que poderiam ir para a biblioteca da instituição, o advogado afirma que estes já foram doados. "Os meus livros raros, como uma edição completa da obra do Voltaire, publicada por volta de 1800, já doei para a Academia Paulista de Letras."

A relação do bibliófilo com edições antigas costuma ser peculiar. É comum, afirma José Salles Neto, que o colecionador deixe para ler o livro em uma edição comercial, reservando o exemplar mais antigo apenas para sua apreciação. "É importante não confundir bibliofilia com biblioteca. Existem pessoas que têm grandes bibliotecas, mas não seriam bibliófilos. Você pode ter dois mil livros e ser um grande bibliófilo, por exemplo. Isso vem da relação com o livro, não a quantidade."

Colega de Ives Gandra na Academia Paulista de Letras, o jornalista Erwin Theodor Rosenthal ainda não sabe dizer qual será o destino de seu acervo de sete mil exemplares. "Francamente, não tenho um lugar para encaminhar a minha biblioteca, e isso me preocupa. Só tenho uma filha, que se iniciou nos estudos pelo direito, mas depois foi para as ciências biológicas, e ela não tem interesse pelos livros que tenho (risos). Talvez doe os volumes a algum instituto."

Em comum, além da paixão pelos livros, os colecionadores têm preocupações em relação ao futuro das bibliotecas. "Fico preocupado com o livro digital. No entanto, o prazer de ler está muito ligado ao prazer de ter a obra na mão, até pelo seu cheiro. E não posso imaginar ter o mesmo prazer com esses aparelhos. Mas isso é a minha opinião de velho", brinca Theodor.

Buscando uma conciliação do antigo com o novo, Ives Gandra admite se encantar com o iPad, aparelho com capacidade de arquivar uma biblioteca inteira. "Estou com muito receio de que isso vá representar uma perda dessa volúpia que é pegar um livro, manusear página por página... O fato de essa geração se acostumar com as telas pode levar as bibliotecas clássicas a desaparecer no futuro."

Fonte: IG

Livro na hora de dormir

O fotógrafo japonês Yusuke Suzuki deu novo significado à expressão “dormir nos livros”. Um sentido, aliás, bem mais divertido - ao menos para as crianças.

Imaginativo, o artista criou uma cama em forma de livro; os lençóis fazem as vezes de páginas e podem ser virados.

A cama também tem espaço ideal para os pequenos brincarem e pode ser dobrada; assim o livro pode ser fechado durante o dia, deixando mais espaço livre no quarto.





Fonte: Zupi

Museu Martensen faz 10 anos

Por Willy Cesar*


O Museu da Comunicação Rodolfo Martensen completa 10 anos em 6 de abril de 2011. Foi em 2001, como um dos eventos da 8ª Festa do Mar, que o entregamos à comunidade, na rua Luiz Loréa, 261, 1º. andar, ainda hoje no mesmo local. O museu foi nascendo aos poucos, à medida em que os equipamentos da emissora que dirigíamos, a Rádio universidade do Rio Grande FM Educativa, aposentava equipamentos ultrapassados tecnologicamente. Para fundá-lo, levamos 10 anos. Foram indispensáveis os apoios da Fundação de Radiodifusão Educativa do Rio Grande (Furerg), da Noiva do Mar que forneceu quase todas as prateleiras metálicas, e do Museu Histórico que cedeu expositores de vidro. Dois anos depois, o acervo passou à Furg por doação da Furerg.

As peças históricas da exposição foram doadas por centenas de pessoas e por veículos de comunicação como as rádios universidade FM (Furg FM atual), Minuano e Cassino; Rede Nativa de Comunicação (rádio e TV), Organizações Risul (coleção d’O Peixeiro e exemplares do Agora), TV Pampa e Grupo RBS. Das sete mil peças iniciais, a maior parte eram discos de vinil. Hoje o acervo conta com mais de 20 mil peças. A maior parte está em permanente exposição aberta ao público gratuitamente.

O inventário do acervo ainda não foi feito. Como qualquer entidade cultural no Brasil, os obstáculos são os mesmos: faltam recursos e infraestrutura. Ainda não saiu da condição inicial de museu amador. É atendido por uma única pessoa, o abnegado jornalista Célio Soares e dirigido pela jornalista Rosane Borges Leite. Os museus verdadeiramente assim considerados precisam submeter cada peça histórica à pesquisa. A quase totalidade do acervo do Museu Martensen continua do mesmo jeito que chegou, sem catalogação e sem pesquisa sobre sua procedência, ano de fabricação, modelo etc. Isso um dia virá, se Deus quiser. Ainda assim, cumpre suas finalidades culturais de preservar para ensinar.

Dirigimos o museu até 9 de março de 2005. Hoje atuando como simples colaborador, encaminhamos dezenas de peças históricas como projetores de filmes, películas em celulóide, discos, rádios, televisor, eletrola e outras. Contando com a colaboração da Prefeitura/Smec, da Ipiranga e do Museu Martensen, editamos dois DVDs em 2006, em prosseguimento à série Rio Grande – Imagens do Século 20. Estamos desenvolvendo mais dois DVDs. Também realizamos pesquisa para lançar, em breve, o CD ‘No reino de dona Música’, com as divas do canto lírico da cidade, em gravações históricas das décadas de 1950 e 60.

Rodolfo Lima Martensen, Ruddy na intimidade, é o patrono. Ele esteve nas salas do museu que carrega seu nome em 27 de setembro de 1991.  A convite deste jornalista, gravou depoimento para o Projeto Memória, programa que apresentávamos na emissora universitária. Rio-grandino nascido em 1915, Martensen ase criou na rua Andradas quase esquina Marechal Floriano onde colocou no ar a primeira rádio pirata da cidade em 20 de setembro de 1931.

Ele tinha somente 16 anos de idade. No mês seguinte, a emissora EAX-4 transformada na Rádio Sociedade do Rio Grande foi ao ar como primeira estação de rádio oficial da cidade, iniciativa da Companhia Rio-grandense de Seguros. Tuberculoso, o jovem Ruddy mudou-se para o sanatório de São José dos Campos/SP não mais retornando, a não ser para visitas à familiares. Fixando-se em São Paulo capital, Ruddy construiu a mais brilhante carreira de um rio-grandino na área da Comunicação Social no Brasil. Foi rádio-ator, roteirista, produtor, publicitário e diretor de uma das mais importantes agências de propaganda do mundo: a Lintas, subsidiária da Unilever, Inglaterra. E para confirmar sua genialidade fundou a Escola Superior de Propaganda e Marketing, de São Paulo, a ESPM, dirigindo-a de 1952 a 1972. Primeiro curso superior de publicidade & propaganda da América Latina, a ESPM é, hoje, centro de excelência no País na área da Comunicação Social com filiais em vários estados brasileiros, incluindo o Rio Grande do Sul.

Martensen não foi só o menino prodígio da primeira rádio do Rio Grande e da experiência de colocar som num filme quando isso ainda não havia chegado aqui. Ele foi a mais cintilante figura do País na área da propaganda no século 20, respeitadíssimo publicitário e diretor de agência, professor de profissionais que ainda hoje atuam como José Bonifácio Sobrinho, o Boni, ex-Rede Globo; Roberto Duailibi, da DPZ Propaganda; Petrônio Corrêa, da ex-MPM Propaganda e outros. Ruddy faleceu em São Paulo quando se preparava para conhecer a 3ª Festa do Mar em sua cidade, no ano de 1992.

Relembrá-lo é obrigatório para os rio-grandinos saberem quem foi essa celebridade nacional. Entre nós, ele foi aluno do Lemos Jr., morador do Bolaxa na juventude, apreciador do vinho da Ilha dos Marinheiros e apaixonado por sua velha cidade do Rio Grande.

Que o Museu da Comunicação possa continuar emocionando pessoas, fazendo jus ao nome e à memória de Rodolfo Martensen. E, sobretudo, possa ampliar as atividades museológicas de estudo e pesquisa, para uso gratuito da comunidade e dos estudantes, do ensino fundamental aos cursos superiores.

*Jornalista, fundador do Museu da Comunicação Rodolfo Martensen e seu diretor de 2001 a 2005.

A ESPM

Criada em 1951, a ESPM nasceu de um sonho. Sonho impulsionado pelo momento vivido pelo País. Era época de crescimento econômico e populacional, de investimentos estrangeiros em alta, da euforia do pós-guerra e do surgimento da televisão, entre tantos outros marcos da história social e econômica brasileira.

Em meio a tamanha efervescência, era urgente habilitar profissionais para atuarem no campo da propaganda. Com esse sonho, o escritor e publicitário, Rodolfo Lima Martensen, elaborou o projeto de criação de uma escola, logo apoiado por dois nomes de peso no cenário das artes e do meio empresarial nacional: Pietro Maria Bardi, fundador do Museu de Arte de São Paulo (Masp), e Assis Chateaubriand, magnata do ramo das comunicações.

“A verdade pura e histórica é que o idealismo, o desprendimento e a coesão dos publicitários transformaram uma simples escola num autêntico centro de cultura.”

Rodolfo Lima Martensen - Fundador da ESPM - in memoriam

Empresas que estimulam seus funcionários para a leitura

Durante turno de trabalho, operários de empresas de Diadema, fazem uma parada de uma hora e eles divedem esse tempo entre o refeitório e a biblioteca. Depois de comer, cada um escolhe para onde quer viajar. Assista a reportagem do programa Antena Paulista da TV Globo.




Fonte: G1