Parabéns aos aniversariantes dos meses de julho e agosto

A equipe da Biblioteca Central ESPM-SP se reuniu hoje para comemorar o aniversário da nossa diretora Maria Helena e dos colaboradores Maria Elânia, Odílio, Janaína e Mônica (ausente).

Parabéns e desejamos, felicidade e sucesso.

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Motoboys: entre uma corrida e outra, uma parada para a leitura

                                                  Imagens: Mayara Penina
Rafael recebeu a doação de uma biblioteca que estava trocando de acervo.

Vida de motoboy todo mundo sabe que é uma correria. Mas sempre sobra um tempinho enquanto a próxima entrega não sai. Para poder aproveitar melhor este tempo livre, os empresários Cátia Ricomini e Rafael Bernardes instalaram uma biblioteca em sua empresa de motoboys, a Translig, situada aqui em Pinheiros.

Cátia começou a notar que os motoqueiros tinham um tempo ocioso entre uma entrega e outra. Por isso, resolveu levar livros de sua casa para deixar à disposição dos funcionários e incentivá-los ao hábito da leitura. E foi um sucesso!

Os motoboys aderiram à proposta, os pedidos por novos exemplares foi aumentando e hoje a Translig dispõe de um acervo de mais de 800 livros.

“A ação possibilita que tenhamos motoboys mais esclarecidos, com maior habilidade de interpretação de texto. Também melhora da imagem do profissional que trabalha com motofrete”, afirma Rafael.

Empresa socialmente justa

Resultados significativos já ocorrem na formação dos motoqueiros e fez com que o projeto recebesse o Prêmio “Viva Leitura 2010”, concedido pelo Ministério da Cultura, além de ter sido tema de duas teses de doutorado e agora de um TCC.

“Fazer entregas qualquer um pode fazer, entender o que está fazendo é o nosso diferencial”, conta Rafael.

Algumas das mudanças que se pôde notar nos profissionais é que agora eles conseguem interpretar documentações diversas e se comunicam melhor com os clientes

Resultados significativos já ocorrem na formação dos motoqueiros e fez com que o projeto recebesse o Prêmio “Viva Leitura 2010”, concedido pelo Ministério da Cultura, além de ter sido tema de duas teses de doutorado e agora de um TCC.

“Fazer entregas qualquer um pode fazer, entender o que está fazendo é o nosso diferencial”, conta Rafael.

Algumas das mudanças que se pôde notar nos profissionais é que agora eles conseguem interpretar documentações diversas e se comunicam melhor com os clientes

Livros libertados

A preocupação com a educação não ficou só dentro da empresa. Hoje a Translig e seus funcionários são adeptos do bookcrossing, iniciativa que estimula a troca de livros.

Como percorrem toda São Paulo, a cada saída um motoboy deixa um livro em diversos pontos da cidade (cartórios, fóruns, recepções de prédios etc). O objetivo é que a cidade vire uma biblioteca a céu aberto e que todos se beneficiem com o hábito da leitura.

Fonte: Vila Mundo

A livraria que inspirou o filme Um Lugar Chamado Notting Hill fechará

Livraria inspirou o neozelandês Richard Curtis, roteirista da comédia romântica


Roteirista teve ideia para comédia romântica com Julia Roberts e Hugh Grant ao visitar o local

A livraria que inspirou o popular filme Um Lugar Chamado Notting Hill fechará após 32 anos, apesar de ter se transformado em uma grande atração turística da capital britânica.

The Travel Bookshop se transformou em um lugar de peregrinação para fãs do filme, que arrecadou mais de 253 milhões de euros em bilheteria e vendas de DVDs no mundo todo. A comédia romântica conta a inesperada história de amor entre uma famosa atriz, interpretada por Julia Roberts, e o livreiro londrino William Thacker, vivido por Hugh Grant.

Embora o filme não tenha utilizado o local, que deve fechar as portas em duas semanas, The Travel Bookshop serviu de inspiração para seu roteirista. Ao contrário das dezenas de livrarias locais, que foram obrigadas a fechar após o sucesso das vendas online e da concorrência das grandes cadeias, o estabelecimento decidiu fechar as portas porque o filho do proprietário, que há 25 anos reside na França, não quis dar continuidade ao negócio.

Fonte: Estadão

'Garotas que leem nuas' viram atração em Nova York

A ideia do "Naked girls reading" nasceu em Chicago, nos EUA, em 2009.

A cada encontro, clássicos da literatura são lidos em voz alta.

Desfrutar os textos de Shakespeare, Oscar Wilde ou Henrik Ibsen lidos por belas mulheres nuas, ouvindo tudo com um copo na mão, num ambiente descontraído: esta é a proposta de "Naked girls reading" (Garotas que leem nuas), uma experiência incomum que está sacudindo Nova York, uma vez por mês.

Trinta pessoas - a maioria jovens casais e grupos de homens - aguardam num pequeno salão, com velhas cadeiras clássicas e lâmpadas de luz vermelha no primeiro andar de um bar de Greenwich Village, no centro de Manhattan.

Logo, quatro meninas de roupão e saltos altos sobem num pequeno estrado decorado com um grande divã, ao lado de um microfone. As pessoas aplaudem, entre elas um homem de meia-idade que, até o momento, lia tranquilamente o jornal, ao lado da companheira.

"Bem-vindos! Gostaria de começar apresentando-lhes nossas meninas nuas que lerão nesta noite", anuncia Nasty Canasta, uma jovem de cabeleira loura e silhueta fina, artista do gênero neoburlesco, que lidera a trupe.

Em seguida, Gal Friday, Sapphire Jones, Tansy e ela própria tiram os roupões e, como Deus as trouxe ao mundo, começam a ler passagens selecionadas sobre autores famosos e nem tanto, neste espetáculo de "literatura completamente frontal".

"The importance of being earnest", do escritor britânico Oscar Wilde, ou "Casa de bonecas", do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen, são alguns livros escolhidos para esta vesperal dedicada ao teatro, durante a qual as quatro moças exibem um verdadeiro talento oratório.

A plateia ri dos diálogos picantes ou muito inteligentes, mas também acompanha em silêncio atento os momentos de emoção, por exemplo, quando Sapphire Jones dedica um texto de Shakespeare à avó, falecida há duas semanas.

"Gosto de narrar histórias e esta é a minha maneira. Sinto-me confortável nua", conta à AFP Nasty Canasta ao final das leituras, que duram quase duas horas, com um intervalo.

A seu lado, Gal Friday concorda e lembra que ficou "nervosa" a primeira vez que leu nua em público, mas que agora já nem se dá conta disso.

"Quando alguém vem aqui pela primeira vez diz: 'Oh, há uma garota nua!' Mas depois, quando começamos a ler, os olhares sobem", comenta Friday com uma risada. Ela, como as outras, têm experiência em teatro.

A ideia de "Naked girls reading" nasceu em Chicago (norte dos Estados Unidos), em março de 2009, das mãos de Michelle L'Amour, uma conhecida artista americana do gênero neoburlesco.

"Meu marido me encontrou uma vez sentada na cadeira, lendo nua. Digamos que se viu inspirado pela imagem. Começamos a rir e a conversar sobre a criação do evento Naked girls reading. E compramos o site na internet", conta L'Amour à AFP.

Michelle entrou logo em contato com Nasty para produzir o espetáculo em Nova York, que teve sua primeira leitura em outubro de 2009. Prepara, agora, um grande evento para celebrar o segundo aniversário.

Mundo afora
Atualmente, o espetáculo é produzido em várias cidades americanas e em algumas europeias, como Londres e Copenhague. "As leituras estão aí para fazer com que as pessoas se excitem com a literatura. Você pode ouvir bela literatura enquanto observa mulheres formosas. É uma combinação perfeita", explica L'Amour.

A escolha das meninas leitoras exige certas características, segundo Nasty Canasta. "Em maioria, é gente que conheço e está disposta."

Para os espectadores, que se despedem das garotas com um grande aplauso, o resultado é convincente. "Foi maravilhoso. Quando começaram a ler esqueci que estavam nuas", comenta Ellen Snare, uma advogada de 32 anos que assistiu pela primeira vez ao espetáculo.

"A escolha das passagens foi perfeita", conclui, assegurando que vai recomendar os amigos.

Fonte: G1

Biblioteca Britânica digitaliza clássicos disponíveis para leitura em iPads

A Biblioteca Britânica está fazendo cópias digitais de mais de 40.000 livros clássicos, obras dos séculos 18 e 19 que incluem romances, poesias e relatos históricos, disponíveis para o dispositivo iPad.

Os textos aparecem totalmente digitalizados, com marcações de página e desenhos originais, ao contrário da formatação simples associada a outros tipos de e-books.

“E-books tendem a ser bastante bidimensionais. Planos e maçantes de se olhar”, diz Simon Bell, diretor de parcerias da Biblioteca Britânica. “Uma das vantagens deste novo modelo é que tenta representar fielmente a beleza do livro”, explica.

Os usuários devem pagar uma assinatura mensal de 1,99 libras esterlinas (aproximadamente 5,10 reais) para acessar a coleção completa.

Fonte:

A coleção foi originalmente digitalizada em um projeto financiado pela Microsoft. Bell afirma que a empresa tinha decidido terminar seu envolvimento na digitalização de textos, mas continuou a financiar o projeto até sua conclusão.

A Biblioteca espera disponibilizar mais de 25.000 livros já digitalizados por meio do aplicativo no futuro.

Apesar de sua parceria com a Microsoft ter agora concluído, a Biblioteca recentemente assinou um acordo com a empresa Google para digitalizar 250.000 obras de domínio público, que também deverão estar disponível em formato eletrônico no futuro.

O iPad da Apple foi escolhido para lançar o serviço porque sua interface tátil é capaz de recriar a experiência de folhear os livros reais.

No entanto, a Biblioteca Britânica espera adicionar outros dispositivos móveis no futuro, e afirma estar conversando com uma série de parceiros, incluindo a empresa Amazon.

Como os textos totalmente digitalizados consomem muito mais espaço de armazenamento do que os tradicionais e-books, as obras não serão baixadas no iPhone. Ao invés disso, serão armazenados on-line no formato “nuvem”.

A curadoria de todos os livros é cuidada pela Bibliolabs, uma empresa de software especializada em ajudar organizações a rentabilizar textos raros e interessantes.[BBC]

Fonte:  Hypescience

O futuro (e o fim?) do livro


Ele tomou um banho de tecnologia e ganhou superpoderes. Ficou ágil, coletivo e revolucionário. Sua velha versão ainda resiste - mas por quanto tempo?

Todo mês, cerca de 20 pessoas comparecem a um encontro marcado em um prédio na região de Pinheiros, em São Paulo. É um grupo heterogêneo. Ali tem advogado, empresário, executivo, consultor. Eles se reúnem porque possuem algo em comum - sabem que o futuro de todos ali está ameaçado.

Pra que você entenda o que está acontecendo, vamos às explicações. O prédio de Pinheiros é a sede da Câmara Brasileira do Livro. O pessoal que se reúne lá é formado, na maioria, por representantes de editoras e distribuidoras de livros. E o que os preocupa é um concorrente que vem desafiando o reinado do livro impresso, mantido há 6 séculos, desde a Bíblia de Gutenberg: o livro digital. "A tecnologia está avançando rapidamente. E nós, produtores de livros, ainda estamos presos ao papel", diz Henrique Farinha, coordenador do grupo e diretor da Editora Gente.

O comandante desse ataque à literatura de papel tem um nome: Kindle. É o leitor eletrônico de livros lançado pela loja virtual americana Amazon, uma tela digital capaz de reproduzir as páginas de qualquer livro, ainda que com algumas limitações. Tem enormes vantagens na disputa com o papel. Digamos que você está lendo esta SUPER enquanto descansa numa paradisíaca praia do Nordeste. Você se interessou pela entrevista com Dan Ariely, na página 34, e resolveu comprar o livro Previsivelmente Irracional, de autoria dele. Basta tirar o Kindle da mochila, navegar com ele pelo site da Amazon e fazer a compra na hora. Em coisa de um minuto, você terá o livro inteiro disponível no aparelho. Não é feitiçaria, é tecnologia - uma função wireless parecida com a de alguns celulares. O pagamento seria feito com o cartão de crédito. O preço: US$ 9,99, uns R$ 19 reais. Bem mais barato que o livro impresso, que custaria o equivalente a R$ 31 na mesma loja. Sem contar que daria para ler ali, com o pé pra cima, qualquer outro livro que você já tivesse comprado pelo Kindle. O bichinho armazena mais de 1 500 obras. É o mesmo que carregar por aí uma biblioteca formada durante toda a vida.

A praticidade é a sacada revolucionária que fez do Kindle um hit entre os americanos, por enquanto os únicos a aproveitar suas funcionalidades (a rede wireless usada para venda dos livros ainda não funciona em outros países). Segundo a Amazon, um livro que tenha uma versão digital para o Kindle vende 35% mais cópias. De cada 4 exemplares vendidos de uma obra, um já é digital. Tem até gente pedindo autógrafo pra escritor no e-reader. (Aconteceu de verdade em Nova York, com o humorista David Sedaris, no lançamento de seu livro Engolido pelas Labaredas, no ano passado.) E olha que o Kindle ainda vive a sua infância. A tela já mostra texto e imagens, mas em branco e preto. Cores? Só daqui a alguns anos, segundo Jeff Bezos, o presidente da Amazon.

Conclusão 1 para os nossos amigos lá na Câmara Brasileira do Livro: o livro digital já pegou. Conclusão 2: se ficar ainda melhor, vai nocautear o livro impresso.

Para piorar, uma legião de soldados vem na retaguarda do Kindle, tão ansiosa para vencer a batalha quanto seu líder. Os outros e-readers no mercado estão se sofisticando. Caso do Reader Digital Book, da Sony. Lançado em 2006, ele acabou de ganhar uma turbinada. Em março, a Sony disponibilizou para os donos de seu e-reader mais de 1 milhão de livros clássicos - de graça. Como? Uma parceria com o Google, que vem digitalizando obras por meio de acordos com editoras. Aliás, são textos que estão disponíveis para a leitura também na internet. Basta entrar no Google Books - há outros 6 milhões de livros lá.

Sem contar que dá para ler um livro até pelo celular. Por enquanto, a coisa funciona graças ao Kindle - você baixa um aplicativo da Amazon pelo iPhone e manda ver na leitura. Mas já tem gente apostando que a Apple vem aí com uma ideia jobsiana para transformar o iPhone em um e-reader sofisticado. No Brasil, nada disso vale ainda. O primeiro a chegar deve ser criação tupiniquim mesmo: o Braview, previsto para outubro (veja mais no quadro acima).

E eu com isso?

Beleza, o livro digital é mais prático e barato do que o impresso. E daí? Daí que a transição vai mexer diretamente com a sua vida. Veja este caso: na cidade inglesa de Hackney, a escola City Academy vai adotar e-books em formato PDF para ensinar seus alunos, uma criançada de 11 a 16 anos. Nada mais de livros convencionais. Para viabilizar a digitalização, a escola está trabalhando com editoras de livros que compõem o currículo escolar. Chega de ver criancinhas com mochilas de 3, 4, 5 quilos nas costas. No caso do Kindle, tudo caberia em menos de 300 gramas. O mesmo que você teria de carregar se saísse de férias e levasse 5 livros pra ler na viagem.

A dor na coluna vai diminuir. Mas a dor no bolso pode aumentar. É verdade, os e-books custam menos do que o livro impresso. O problema é que um modelo como o Kindle permite que você tenha um livro no momento em que quiser - nem sobra tempo para pensar duas vezes. É a oportunidade perfeita para as compras por impulso. E quem é mão de vaca não vai ter moleza pra pegar livro dos outros. Hoje, não dá para emprestar as obras digitais para os parentes ou amigos. A exceção é o Cool-er, da fabricante britânica Interead, que deixa você repassar um arquivo para até 4 pessoas.

O livro digital também pode transformar a leitura em um ato coletivo. Não, não é que você vai reunir a galera pra contar historinha. É só a influência da web 2.0. Sabe aquelas anotações que a gente faz no canto da página? Com o livro em bibliotecas como a do Google, vai dar para ler seu conteúdo e deixar anotações para o próximo leitor. Teríamos acesso aos pensamentos e referências que outra pessoa, que nem conhecemos, deixou ali.

Bacana, não é? Mas as mudanças podem não ser tão positivas para o pessoal da indústria do livro, como aquele grupo do começo da reportagem. Pense aqui com a gente: se não vamos precisar de papel, tinta e distribuição pra fazer e vender livros...pra que servirão as editoras e distribuidoras? Aí é que o bicho pega. Autores best sellers não precisam de tanta orientação ou promoção pra vender livros. Poderiam cortar os intermediários e negociar direto com as lojas. Isso aumentaria a participação nos lucros. O movimento já começou: a Interead, aquela do Cool-er, ofereceu 50% do dinheiro das vendas para os escritores que coloquem seus livros à venda no site do e-reader, o Coolerbooks.com. Uma editora tradicional costuma pagar até 10%. Mas e os autores menos famosos? Eles ainda precisam das editoras. E a morte delas pode ser a morte de grande parte da boa literatura. Ou não: talvez qualquer um possa escrever um livro e colocar na internet. São questões ainda sem resposta.

De qualquer jeito, o modelo tradicional não vai desaparecer da noite para o dia - as vendas de livros eletrônicos não passam de 2% do mercado livreiro, e isso nos países em que o e-reader já é realidade. Mesmo assim, editoras e lojas estão se mexendo, seja digitalizando o catálogo, seja criando negócios no mundo virtual. Elas têm, no entanto, uma dor de cabeça maior pela frente. No empenho para consolidar seu leitor eletrônico, a Amazon cravou um preço para a venda da maioria de seus livros: US$ 9,99 - enquanto um título em capa dura custa em média entre US$ 25 e US$ 35. Só que a própria Amazon paga entre US$ 12 e US$ 13 pra comprar obras das editoras. Ou seja, tem prejuízo. É uma aposta para o futuro: o preço baixo ajuda a atrair clientes a rodo. Isso pode pressionar as editoras a baixar os preços para competir, sacrificando os lucros. E talvez as levando à falência. Só a Amazon se daria bem, porque teria a clientela formada e conseguiria colocar o negócio no azul.

Até as bibliotecas terão de aprender a viver nessa nova ordem. No exterior, os bibliotecários estão se especializando em pesquisas online. Querem ser profissionais preparados para ajudar estudantes e interessados a filtrar informações encontradas em sites. "Tem muito lixo na internet. As pessoas assumem como verdade qualquer informação achada na Wikipedia", diz Nêmora Rodrigues, presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia. "O bibliotecário precisará indicar o caminho para as fontes mais relevantes e fidedignas."

Pois é, o livro eletrônico chegou botando banca. Mas o fato é que ele ainda não chegou de verdade. Há muito a ser aprimorado até que os aparelhos e bibliotecas online caiam nos braços do povo. "O livro impresso terá seu espaço até aparecer um leitor eletrônico que seja acessível, agradável de usar e tenha um formato atraente. A questão é quando vai surgir", diz Henrique Farinha. De qualquer forma, o ringue está pronto. E o livro impresso, com suas capas coloridas, o cheiro de tinta e uma experiência de tato ainda inigualável, terá de barrar o ímpeto de seu oponente - mais jovem e cheio de novidades. Antes que o novato vire um produto a que nem o leitor mais conservador consiga resistir.

por Alexandre Carvalho dos Santos

Fonte: Super

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Durante a semana de 8 a 12 de agosto, 3 vezes ao dia, a Biblioteca irá sortear HQs para os que responderem perguntas sobre o universo dos quadrinhos. Além dos sorteios de HQs você poderá concorrer a mais de 100 bônus de R$ 20,00. Para isso, basta enviar seu nome e curso para o e-mail promocao@ligahq.com.br

As perguntas e dicas estarão pela Biblioteca (a começar pelo cartaz, na porta de entrada).

Para participar basta você seguir estes passos:

É muito fácil!

1º) Com seu celular, acesse o site: http://www.i-nigma.mobi (para iPhone, entre no App Store)

2º) Faça o download do leitor de QRcode

3º) Abra o aplicativo e use a câmera

4º) Mire ou fotografe a imagem

5º) Pronto! Você descobrirá qual é a pergunta do dia. E, se souber a resposta, basta escrevê-la em nosso blog e você já estará participando do sorteio. Boa sorte!

A cada dia uma nova pergunta com algumas pistas espalhadas pela Biblioteca (todas em formato de QRcode).

Serão 3 sorteios todos dias desta semana. Os ganhadores serão avisados por e-mail.


Livreiro do Alemão cria "barracoteca" na favela

Por Emilo Sant´anna

Enquanto traficantes do Comando Vermelho em fuga trocavam tiros com a polícia e soldados do Exército durante a ocupação dos complexos da Penha e do Alemão, em novembro de 2010, Otávio Júnior, 27, escrevia.

Sem poder sair de casa, finalizava "O Livreiro do Alemão" --seu ingresso no mundo dos escritores-- e preparava-se para instalar a primeira biblioteca do conjunto de 13 favelas na zona norte do Rio com quase 400 mil pessoas.

"Quando os confrontos eram muito acirrados, eu produzia muito. Escrevia enquanto as balas "comiam" para cima e pra baixo."

Paula Giolito/Folhapress
Otávio Júnior criou a "Barracoteca Hans Christian Andersen"; no ensino médio, ele matava aula para ir à biblioteca

Biblioteca? Na verdade, trata-se da "Barracoteca Hans Christian Andersen" -corrige Otávio. O nome é uma homenagem ao escritor dinamarquês autor de contos como "A Pequena Sereia" e "A Roupa Nova do Rei".

O local um antigo salão de forró no morro do Caracol, Complexo da Penha, funciona desde maio e será inaugurado oficialmente em 22 de agosto, dia do Folclore.

Parte dos livros é doação do Ministério da Cultura, o resto foi amealhado por Otávio durante os dez anos em que andou por todo o Complexo da Penha e do Alemão, com uma mala na mão, oferecendo livros emprestados aos moradores.

O investimento foi de R$ 7.000. Como não tinha nem a décima parte desse valor, a solução foi apelar a conhecidos e desconhecidos. "Passei o chapéu, mas passei o chapéu virtual", diz.

No blog Ler é 10 - Leia Favela (leredezleiafavela.blogspot.com), o jovem anunciou a barracoteca. Em três meses reuniu a quantia necessária.

Filho de pedreiro, chamou o pai para reformar o local.

Otávio narra em "O Livreiro do Alemão" (Panda Books) como seu amor à literatura se deu quase por acaso. Aos oito anos, saía de casa todo dia para ver as peladas no campo de terra da comunidade.

"Naquele dia, passei em frente a um lixão e havia uma caixa com brinquedos velhos e um livro", conta. "À tarde faltou luz e como não podíamos assistir a televisão preto e branco, lembrei do livro."

IMPACTO

O "impacto da literatura" mudou a vida do menino. A paixão cresceu a ponto de, no ensino médio, desenvolver um hábito: matar aula, tomar um ônibus, andar 20 km e ir para a biblioteca do Museu da República, no centro. "Chegava a ler dez livros por dia."

Era então um tempo difícil. A família enfrentava o alcoolismo do pai de Otávio.

"Minha mãe ficou louca quando descobriu. Porém, sabia que eu matava aula mas estava bem acompanhado."

Fonte: Folha.com