Menores internos leem e resenham livros enquanto aguardam a liberdade

Incentivar a leitura entre os internos, criando hábitos que podem ser continuados em sua vida pregressa. Este é o objetivo do projeto “Páginas da Alegria”, criada pelo Centro Regional Socioeducativo Polo Sinop em parceria com a Biblioteca Pública do município. Um coordenador, um assistente social, um psicólogo e 16 agentes orientadores atendem 15 adolescentes de 12 a 18 anos incompletos.

A atividade de leitura, em que os adolescentes que estivessem cumprindo a medida de internação provisória pudessem realizar leitura de livros e posteriormente confeccionar resenhas das obras, em substituição as atividades escolares e pedagógicas, foi tomada como regra de estímulo ao interesse pela leitura.

Os livros paradidáticos, escolhidos pela equipe técnica, são fornecidos aos internos no período em que estiverem cumprindo a medida de internação provisória. Dentre os objetivos estão o encaminhamento dos adolescentes em outros programas socioassistenciais, respeitando suas particularidades; desenvolvimento das habilidades na fala e escrita e a criação de condições para a construção/reconstrução de projetos de vida.

“Queremos estabelecer contratos com o adolescente a partir das possibilidades e limites do trabalho a ser desenvolvido, e normas que regulem o período de cumprimento da medida socioeducativa, além de fortalecer a convivência familiar e comunitária”, explica a gerente do centro, Jacqueline Leal Dionísio.

Márcio Frederico de Oliveira Dorilêo, secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos, avalia que propor as resenhas e os espaços de troca de informações, criando hábitos que podem ser continuados na vida pregressa do interno é um diferencial. “Um número significativo destes internos encontravam-se fora da escola antes da internação, e não relatam ter o hábito da leitura”.

O secretário acrescenta que as ações socioeducativas devem exercer uma influência sobre a vida do adolescente, contribuindo para a construção de sua identidade, de modo a favorecer seu retorno a família, ao convívio social. “É vital a criação de acontecimentos que fomentem o desenvolvimento da autonomia, da solidariedade e de competências pessoais relacionais, cognitivas e produtivas”.

Fonte: http://bit.ly/19IraEK

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