Aos 60 anos, ESPM vira marca

Com um olho na academia e outro no mercado, escola consolida sua atuação para além do campo publicitário

Nesta quinta-feira 27 a ESPM comemora oficialmente seus 60 anos. A instituição festeja a data comemorando a maturidade e a segurança de quem não precisa mais fazer grandes esforços para explicar quem é, a que veio ou o que seu nome significa. Tanto que para comemorar a história dessas seis décadas de ensino, pesquisa e desenvolvimento de práticas de aperfeiçoamento profissional, a sigla virou marca.

A escola de nível superior não usará mais em seu material institucional e de divulgação a versão estendida de seu nome, Escola Superior de Propaganda e Marketing. Passa a chamar-se apenas ESPM. “Isso já vem sendo feito há algum tempo, mas estamos assumindo de forma mais explícita na comemoração dos nossos 60 anos”, diz Emmanuel Publio Dias, vice-presidente corporativo e professor da ESPM desde 1979.
Trata-se também, acrescenta o presidente da ESPM, José Roberto Whitaker, de a escola apropriar-se da credibilidade conquistada ao longo de sua trajetória, em que os estudos desenvolvidos pela ESPM ultrapassaram as fronteiras da publicidade. “Evoluímos bastante, nos tornamos uma instituição de comunicação e gestão, com ênfase em marketing”, assinala Whitaker, para quem as áreas abrangidas pela escola alcançam setores distintos da economia.

A consolidação desse processo ganhou maior visibilidade com a campanha publicitária, criada pela agência Adag e produzida pela O2, em celebração às décadas de atividades. Com filmes e anúncios, as peças trazem a assinatura “Sempre ESPM” e apresentam o novo posicionamento da instituição. A data oficial do aniversário marca a nova identidade visual da ESPM, criada pela OZ Design. Até outubro do ano que vem, essa marca fará referências aos 60 anos e após esse período o número será retirado do material.

“Essa mudança nada mais é que uma evolução natural da escola, evidenciando nossa nova fase. Temos cursos de extensão, de graduação e de pós-graduação nos mais diversos segmentos. A perspectiva é que essa diversidade se amplie ainda mais no médio prazo, assim como aconteceu com várias grandes marcas, como BMW, GE, IBM, entre várias outras em que depois de um tempo as siglas se tornaram autoexplicativas.
A ESPM, hoje, é uma referência de excelência acadêmica no setor da educação em que atua”, afirma Whitaker. “Estamos na primeira linha”, assegura o presidente da ESPM, para quem o futuro do ensino direcionado para atender às necessidades do mercado tem muito mais a cara de escolas como a ESPM do que as das universidades tradicionais, que tendem a se concentrar nas pesquisas e do universo acadêmico.

 A ideia da Escola Superior de Propaganda começou a se tornar realidade em 1951. A essa altura os primeiros cursos começaram a ser ministrados no antigo prédio do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Rua 7 de abril, centro velho da cidade. Era um sonho do escritor e publicitário Rodolfo Lima Martensen, também compartilhado por Pietro Maria Bardi, criador do Masp, e por Assis Chateaubriand, magnata do ramo das comunicações e idealizador do Grupo Diários Associados. Com uma visão romântica da publicidade, inicialmente, foi a partir dessa aliança entre um publicitário, um artista e um magnata da imprensa que a estrutura da ESPM começou a ser montada - veja, abaixo, uma linha do tempo da escola.
Novas técnicas
Embora naquela época a publicidade fosse tratada como arte, também tinha um pé bem fincado na realidade do mercado. No início da década de 1950, Publio Dias lembra que o Brasil vivia um processo de crescimento econômico acelerado. Várias marcas mundiais do setor automobilístico, de higiene pessoal, entre outras, desembarcavam por aqui ou aumentavam o investimento local de olho na expansão do mercado brasileiro.

“Com essas marcas, vieram também as agências de publicidade, as quais apresentaram ao incipiente mercado publicitário brasileiro novas técnicas de marketing, publicidade e de construção de marcas, que já começavam a se chamadas brand”, diz Publio Dias, recordando que todos os professores dos primórdios da ESPM eram de agências de publicidade, principalmente de grupos internacionais. Os profissionais de mercado à frente das disciplinas foram sendo substituídos gradualmente por professores universitários, na medida em que o perfil da ESPM se alargou para além dos limites da publicidade.

Mesmo com essa mudança, a proximidade com o mercado é cultivada até hoje, tanto que o slogan inicial “Ensina quem faz” é usado atualmente. A ESPM foi reconhecida pelo Ministério da Educação em 1971, quando era presidida por Otto Hugo Scherb, que também foi o responsável pela primeira alteração no nome da então Escola Superior de Propaganda, que passou a incluir também a palavra Marketing. “Foi uma inovação e uma ousadia no mundo acadêmico”, pontua. A história da ESPM, segundo Publio Dias, é única. “Somos um centro de excelência de estudos reconhecido hoje no Brasil e em várias partes do mundo, por meio das parcerias internacionais que vem sendo firmadas. E tudo isso nasceu da necessidade do mercado. Por isso, mantemos esse DNA vivo na instituição. Nossa maior contribuição ao desenvolvimento do País é formar líderes em gestão de pessoas e negócios que tenham valores éticos e de responsabilidade socioambiental condizentes com as demandas do seu tempo”, frisa.

Com ainda pouco recursos, a ESPM funcionou no prédio do Masp até o começo da década de 1970. Depois a escola se mudou para um prédio em uma pequena rua da Bela Vista, bairro central de São Paulo. Passou pouco tempo nessas instalações e logo a estrutura foi transferida para a Rua Rui Barbosa, no Bexiga, também na zona central da cidade, em um espaço maior e mais adequado às necessidades da escola que não parava de crescer. No bairro do Paraíso, a atual sede da ESPM abriga 6,8 mil alunos de graduação, 2,4 mil de pós-graduação e outros 7.650 que fazem cursos de extensão universitária. O corpo de professores conta com cerca de 600 profissionais atuantes.

Parcerias internacionais
As mudanças de sede marcaram também etapas importantes na trajetória da ESPM. Em geral, estavam alinhadas à expansão e aos novos rumos que seriam tomados pela direção — ao longo dos seus 60 anos, a ESPM teve apenas cinco presidentes. “Cada gestão manteve o compromisso com a excelência acadêmica e a interação com o mercado”, diz Whitaker.

As parcerias internacionais são outro capítulo importante dessa história. Por meio delas é que, segundo Publio Dias, a instituição tem conseguido trazer importantes nomes de universidades de prestígio internacional para compartilhar seus conhecimentos com os alunos. Além disso, permitem também que os estudantes da ESPM tenham acesso facilitado nesses centros acadêmicos, em parcerias com o Instituto de Artes Visuais, Design e Marketing, de Portugal; com o McGill University, da Canadá; com a Miami Ad School (EUA), com a Universidad Nebrija (Espanha) e com a University of California (EUA).



Mensagem do Presidente J. Roberto Whitaker Penteado e Ex-alunos:
www.espm.br/60anos

Comercial Sempre ESPM:
http://bit.ly/Sempre_ESPM

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